Potencial econômico da pesca marítima vai ser debatido no plenário da Alerj

O Fórum de Desenvolvimento do Rio realiza nesta quarta-feira (12/08) debate em que vai ser apresentado o 1º Diagnóstico da Pesca Marítima Comercial do Rio de Janeiro. O estudo inédito da Faerj e do Sebrae destaca o estado como o maior mercado consumidor do país, o terceiro em produção, e aponta medidas para aumentar a produção, como modernização dos terminais e redução da poluição da costa.

Estudo inédito sobre pesca comercial no estado do Rio vai ser divulgado no debate “Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Pesca Marítima no Estado do Rio de Janeiro”, que tem como foco as oportunidades e os desafios enfrentados pela indústria pesqueira no estado. O encontro, promovido pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio, vai ser realizado na quarta-feira (12/08), no plenário da Assembléia Legislativa.

O estudo foi feito por duas das 29 entidades integrantes do fórum: a Federação de Agricultura, Pesca e Pecuária do Rio de Janeiro (Faerj) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ), com a coordenação do pesquisador Marcelo Vianna, do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Vianna defende que, embora o Rio tenha condições ambientais e de mercado favoráveis à pesca comercial, investimentos ainda são necessários. Para ele, o setor pode ser alavancado se por meio de medidas como a redução da poluição costeira, a melhora da infraestrutura e a capacitação profissional.

De acordo com o Presidente da Alerj e do Fórum, deputado Jorge Picciani (PMDB), o objetivo do debate é inserir o tema na pauta da Assembleia, estimulando políticas públicas que garantam o desenvolvimento social e econômico sustentáveis no Rio. “Temos a terceira maior produção de pescado em escala industrial e o maior mercado consumidor do país. Quando garantimos a sustentabilidade e o desenvolvimento da pesca, estamos beneficiando também todas as famílias cuja renda vem desse mercado”, afirma Picciani.

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Christino Áureo, o Rio de Janeiro já vem implantando estratégias de desenvolvimento do setor. "Dentro do conjunto de suas vocações, a pesca tem um destaque extraordinário, em função da área costeira, fenômenos como ressurgência e posição logística privilegiada frente aos principais mercados de consumo do país e também de exportação.E o estado não perderá esta oportunidade histórica", afirma o secretário.

Para o presidente da Faerj, Rodolfo Tavares, o setor não tem funcionado da forma adequada. "A nossa área de exploração pesqueira no mar corresponde a quatro vezes o tamanho do estado. Apesar de todo esse potencial, a infraestrutura ainda é precária", argumenta Tavares. Segundo ele, a modernização do setor por meio da construção de mais postos de descarga e de um terminal pesqueiro é uma demanda antiga. “A pesca é uma fonte de proteína barata para a população de baixa renda”, afirma Tavares.

O estado do Rio tem produzido nos últimos anos cerca de 62 mil toneladas de pescado, sendo 75% do total referentes à pesca industrial comercial. Os 25% restantes dos peixes, mariscos e crustáceos coletados no estado correspondem à pesca artesanal ou de subsistência. A atividade gera empregos em toda uma cadeia produtiva que abarca três esferas interligadas: a captura e recolhimento do pescado; preparação, refrigeração e preservação do pescado e fabricação de conservas; e comércio atacadista de pescado fresco, refrigerado, congelado, preparado e enlatado. Ao longo dos 640 km da costa marítima fluminense — a terceira mais extensa do país —, existem 25 municípios costeiros e colônias de pescadores.

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