OsteRio: Duas ou três coisas que eles falam sobre nós

Para muita gente, eles levam um vidão. Passam o dia na praia, frequentam bons restaurantes e festas badaladas, sempre a convite de celebridades do mundo da política, dos negócios, do esporte ou do entretenimento. Ganham dinheiro à beça. E ainda falam da vida da gente pro mundo todo.

Para muita gente, eles levam um vidão. Passam o dia na praia, frequentam bons restaurantes e festas badaladas, sempre a convite de celebridades do mundo da política, dos negócios, do esporte ou do entretenimento. Ganham dinheiro à beça. E ainda falam da vida da gente pro mundo todo.

Foi mais ou menos assim que o italiano Rocco Cotroneo definiu, arrancando risos dos presentes, a função que ele e seus colegas de mesa exercem no país. Segundo, é claro, uma visão completamente equivocada e preconceituosa. Rocco é jornalista e correspondente para a América Latina do maior diário italiano em circulação, o Corriere Della Sera. Junto do americano Mac Margolis, da revista Newsweek, e da argentina Alicia Martinez Pardies, da agência de notícias Ansa, da Itália, eles foram os convidados da segunda-feira, 29 de junho, para a nona edição do OsteRio, a série de encontros promovidos pelo Iets, com o apoio da Light e da Osteria Dell'Angolo, para discutir o futuro do Rio do Janeiro.

E como a construção desse futuro passa pela compreensão da imagem que o mundo faz de nós, ouvir o que pensam (e falam) aqueles que com seu trabalho ajudam a pintar nosso retrato para quem vive fora do país seria o caminho mais natural, justificou André Urani, do Iets, mediador e um dos mentores do OsteRio.