Fórum vai debater potencial de desenvolvimento da Zona Oeste

Evento reunirá deputados, secretários estaduais e empresários para discutir o potencial industrial como vocação de desenvolvimento para a região. Será apresentado um estudo sobre o assunto desenvolvido por professores do Instituto de Economia da UFRJ
O potencial de desenvolvimento da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro é o tema do próximo debate do Fórum de Desenvolvimento do Rio, na segunda-feira (29/06), às 10h, no plenário da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A região, que ocupa 30% da área da capital fluminense, tem hoje sete distritos industriais e concentra desde empresas de serviços a siderúrgicas de grande porte.

Durante o debate, que reunirá deputados, secretários estaduais e municipais e empresários, será apresentado um estudo recente desenvolvido por professores do Instituto de Economia da UFRJ, que apontou a indústria como vocação econômica da região, com destaque para o potencial do segmento metal-mecânico, que engloba fornecedores da cadeia produtiva de grandes indústrias já instaladas na região como a Gerdau, a CSA ThyssenKrupp e a Falmec.

O estudo da UFRJ, que teve colaboração da Faetec e do Núcleo de Desenvolvimento Técnico Mercadológico do Aço Inoxidável (NucleoInox), identificou na região potencial para desenvolvimento industrial, uma vez que já existem grandes empresas que são demandantes de trabalho de empresas menores. “A atração e o desenvolvimento de novos negócios, no entanto, depende de melhoria na infraestrutura, na segurança pública e na oferta de cursos técnicos, profissionais e de nível superior, que devem estar orientados para atender à demanda das empresas locais”, explica a coordenadora da pesquisa, Renata La Rovere, que vai apresentar os resultados do estudo durante o debate.

Para o presidente da Alerj e do Fórum, deputado Jorge Picciani, o grande potencial econômico da Zona Oeste deve ser estimulado como forma de melhorar as condições sociais da população local. “É uma contradição que uma área com tantas oportunidades tenha também alguns dos piores indicadores sociais da cidade”, afirma Picciani, lembrando que o Índice de Desenvolvimento Humano da região (IDH), calculado pela ONU, varia entre 69 e 75, ao passo que a média da região metropolitana do Rio é de 81. Na Lagoa, bairro com maior IDAH do Rio, o índice é 91. O deputado acrescenta que a diversidade de recursos é um dos pontos positivos. “A Zona Oeste tem grande variedade de empresas, universidades e um comércio vigoroso. Vamos alinhar os esforços para dinamizar esta economia e com isso gerar renda e emprego”, defende.

A cadeia metal-mecânica é atualmente a mais representativa da Zona-Oeste, e compreende desde a produção de matéria prima (minério de ferro, cromo e níquel), processamento de semi-acabados, laminados planos e longos, relaminados, trefilados e perfilados, até fabricação de máquinas e equipamentos e artigos de metal para uso doméstico. “Nossa idéia é trazer essa discussão para o Parlamento fluminense e mostrar a urgência de aproveitar esse potencial para o benefício da população de todo o estado”, completa Picciani.

Serviço

Debate: “Desenvolvimento econômico local da Zona Oeste: diagnóstico e agenda de ações” - com apresentação da pesquisa do Instituto de Economia da UFRJ

Data: 29 de junho

Horário: 10h

Local: Plenário Barbosa Lima Sobrinho. Palácio Tiradentes - Rua Primeiro de Março, s/nº, Praça XV. Centro – Rio de Janeiro – RJ
Mais informações: (21) 2588-1352