Educação e capacitação para garantir retomada

Fórum de Desenvolvimento estuda medidas para explorar o potencial exportador do estado do Rio

O poder público do Rio de Janeiro deve encarar a crise com um olhar de curto prazo, voltado para mitigar os impactos na redução de empregos e receita, e outro de longo prazo, garantindo ao setor produtivo ferramentas para aproveitar as oportunidades quando o país voltar a crescer com intensidade.

A idéia foi defendida pelo presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), durante a reunião com os prefeitos do Sul-Fluminense para debater saídas para a crise. “Temos que investir em educação profissional e capacitação empresarial de olho no futuro. China e Índia desaceleraram, mas continuam crescendo; os Estados Unidos, apesar de serem o pivô da crise, já começam a se movimentar novamente. Esses países em breve vão recuperar sua capacidade de investimento internacional e o apetite pelo comércio global”, afirmou Picciani, lembrando que a recessão mais grave, que atualmente atinge os países da zona do Euro e o Japão, abre uma oportunidades para aqueles que souberem aproveitar os espaços deixados no comércio internacional.

O Rio de Janeiro é hoje o terceiro maior exportador do país, sendo o segundo exportador de serviços. Medidas que incentivem a internacionalização da economia do estado são uma reivindicação antiga das empresas. O Fórum de Desenvolvimento do Rio, por meio da Câmara Setorial de Comércio Exterior, estuda encaminhamentos que podem ser tomados pelo Legislativo ainda este ano para identificar pólos no interior fluminense com potencial para exportação.

Uma das medidas é a reivindicação de um escritório regional da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), com o objetivo de atender às demandas dos produtores locais. Além de capacitação, a Apex-Brasil oferece também linhas de financiamento.