Os Impactos da Crise no Sul Fluminense

A Alerj e o governo estadual anunciaram que vão unir forças e empreender ações conjuntas para minimizar a crise nos municípios do sul-fluminense.

A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e o governo estadual, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, anunciaram nesta quarta-feira, 04/03/09, que vão unir forças e empreender ações conjuntas para recuperar a indústria do estado, principalmente na região sul-fluminense, uma das mais impactadas pela crise internacional. As atividades incluem novas rodadas de negociações com grandes empresas para evitar demissões, revisão tributária para pôr fim a assimetrias de competitividade entre municípios e aumentar o ritmo das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O anúncio foi feito pelo presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), durante encontro do Fórum de Desenvolvimento do Rio, que reuniu os prefeitos dos municípios do Sul Fluminense, parlamentares e representantes do governo estadual para debater saídas para a crise econômica. Desde setembro, com o agravamento da crise global, pelo menos 1.800 pessoas já perderam o emprego na região, que tem 850 mil habitantes e PIB de R$ 17 bilhões.

“Períodos de crise e de dificuldade são o momento de alinhar esforços e empreender mudanças cujos resultados vão permitir aproveitar as oportunidades quando a turbulência arrefecer. Sou otimista e acredito que a crise vai passar, mas não estamos imunes. É preciso ser austero e trabalhar em conjunto”, explicou o deputado, lembrando que manutenção do emprego do trabalhador e a garantia da sobrevivência das empresas devem ser pensadas em conjunto.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, presente à reunião, lembrou que a região sul-fluminense é a que tem mais concentração de empresas de transformação, notadamente nos segmentos automotivo e de siderurgia, os mais afetados pela crise em virtude da desaceleração econômica, queda nos preços das comoditties internacionais e retração do crédito. “Estávamos justamente na fase de conseguir atrair empresas fornecedoras da cadeia produtiva automobilística quando veio a crise”, explica o secretário.

Sul-fluminense sofre os efeitos da crise

A região sul-fluminense, que possui o maior nível de industrialização e o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, é uma das áreas mais atingidas pela desaceleração econômica. A siderurgia e a indústria automobilística, pilares da economia local, são segmentos que registraram forte queda nas vendas e até mesmo redução no preço final dos produtos.

Demissões e diminuição da arrecadação são algumas das conseqüências diretas sofridas por municípios como Volta Redonda (onde está localizada a Companhia Siderúrgica Nacional), Porto Real (sede da montadora Peugeot-Citroen) e Resende (onde está localizada a Volkswagen Caminhões). O Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda estima que 1.800 pessoas perderam seus postos de trabalho desde o agravamento da crise internacional, em setembro do ano passado.

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