Câmara de Infraestrutura e Logística focará na agenda de concessões em 2021

A Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística do Fórum da Alerj de Desenvolvimento do Rio definiu como uma de suas prioridades para 2021 a discussão sobre a ligação da Estrada de Ferro Vitória-Anchieta, no Espírito Santo, até o Porto do Açu no Rio de Janeiro. Um estudo do governo do estado mostrou que o ramal ferroviário será importante ponto de escoamento agrícola para Minas Gerais e Goiás e deve diminuir consideravelmente o congestionamento no Porto de Tubarão (ES).

O Governo Federal está negociando a antecipação de outorgas de ferrovias e a ideia é que parte dos recursos arrecadados sejam usados para ampliar a ferrovia e articular um corredor logístico que vai ligar São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

“Nós temos uma janela de oportunidade para conseguir recursos privados para a implantação da Estrada de Ferro 118 para conectar o Porto do Açu ao país. Hoje o Porto do Açu é conectado precariamente por meio de uma estrada em que transitam cerca de 500 caminhões por dia. Isso é insuficiente para atender a nossa produção de agrícola”, avaliou Mauro Filho, representante da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

As concessões rodoviárias federais e estaduais também serão tema importante para o ano, especialmente a Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio de Janeiro que venceu em fevereiro e ainda há pontos a serem aperfeiçoados. “Acho que o nosso foco agora deve ser a Concer, que ainda está em fase de estudos, então esse é o momento de levar nossas sugestões técnicas para melhorar o projeto”, afirmou Sérgio Viana, assessor da presidência da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga).

O Secretário Estadual de Transportes do Rio de Janeiro, Delmo Pinho, destacou que esse é o momento mais importante para concessões rodoviárias, ferroviárias e aeroportuárias das últimas décadas. “Estas concessões determinarão a organização logística do estado nos próximos 30 anos. Quanto à ligação ferroviária entre o porto do Açu, no Rio de Janeiro, e o Porto de Ubu, no Espirito Santo, nós estamos falando de uma obra que vai custar R$ 1 bilhão e 700 milhões, um custo pequeno para projetos do setor, mas com potencial para mudar o estado do Rio de janeiro inteiro", avaliou Pinho.