Câmara de Agronegócios fará levantamento com as demandas legislativas para destravar o setor no estado

A Câmara de Agronegócios irá trabalhar numa lista de demandas legislativas que podem contribuir e destravar o desenvolvimento do setor no estado. A sugestão de fazer esse levantamento foi trazida pelos membros do grupo durante a reunião ordinária realizada nesta terça-feira (20/06). O material será encaminhado ao gabinete da deputada Tia Ju, segunda vice-presidente da Mesa Diretora e responsável pela condução do Fórum de Desenvolvimento da Alerj.

No encontro, também foi sugerido aprofundar temas como o avanço do complexo pesqueiro fluminense e os desafios do Rio de Janeiro para obter o status de estado livre de febre aftosa sem vacinação e poder comercializar os derivados bovinos e laticínios para fora das suas fronteiras.

"Vamos ser o único estado que vai ficar livre da febre aftosa com vacinação e, a partir de 2024, não vamos vender nem mais um boi para fora daqui. Para resolver a questão precisaríamos de concursos para a contratação de técnicos. O que vai acontecer é que no ano que vem toda a produção bovina e de laticínios fluminense ficará confinada ao Rio de Janeiro com a proibição de circulação dessa carga por outros estados", afirmou o consultor setorial da Firjan Ronaldo Martins.

Para ser reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação, a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos Estados e regiões propostas por pelo menos 12 meses.

Já para realizar a transição de status sanitário, o Rio de Janeiro precisa atender aos critérios definidos no Plano Estratégico do Governo Federal, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da OMSA.

"O status de livre de febre aftosa sem vacinação depende da estrutura do estado e nesse momento o Regime de Recuperação Fiscal impede os concursos e contratações. Com a saída do Rio de Janeiro do SISBI-POA, vamos ficar uma fronteira isolada dos demais estados com difícil comercialização e ter um decréscimo da cadeia produtiva da pecuária de leite, por exemplo. Precisamos do envolvimento Alerj para servir de ponte com o Governo do Estado e conversar com a nova gestão da Secretaria de Agricultura para saber quais são os planos dentro dessas temáticas que elencamos como prioridades", concluiu o assessor técnico do Conselho Empresarial de Agronegócios Alimentos e Bebidas da Firjan, Fabrinni Santos.

A reunião pode ser assistida na íntegra no Canal do Fórum no Youtube.