As Câmaras de Desenvolvimento Sustentável, Agronegócios, além do Grupo de Trabalho do Selo Arte vão dar prosseguimento ao debate sobre Mercado de Carbono e Pagamento por Serviços Ambientais. A ideia é realizar um novo painel em dezembro para reverberar o que foi discutido sobre os dois temas na Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27), que está sendo realizada no Egito. A sugestão foi apresentada nesta quarta (16/11) durante a reunião on-line conjunta dos grupos.
A expectativa é que a participação brasileira na COP ajude a alavancar e destravar o mercado de carbono no país. De acordo com o coordenador de Assistência Técnica e Gerencial da FAERJ, Maurício Salles, o tema é complexo e as informações e caminhos a serem percorridos precisam ser repassados aos produtores rurais.
“Precisamos debater como o produtor pode colocar isso em prática e ser beneficiado nesse processo. O que ouvimos muito é que eles só irão conseguir cuidar do verde quando saírem do vermelho”, observa.
Já o especialista em Desenvolvimento Setorial da Firjan, Ronaldo Nogueira Martins, pontuou sobre a necessidade de o Brasil desenvolver uma metodologia própria para a medição de carbono.
“As metodologias que utilizamos são todas de fora e ainda não temos um método científico próprio e mecanismos de medição de sequestro de carbono de atividades corriqueiras. Precisamos disso para avançar no tema”, reforça.
Primeiro debate
No dia 31 de outubro, o Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico um evento virtual que debateu junto a especialistas os conceitos e oportunidades do Mercado de Carbono e do Pagamento por Serviços Ambientais Os painéis abordaram o cenário do mercado de carbono, os desafios da MRV para projetos de créditos de carbono na agricultura, as tecnologias da Embrapa para quantificação de carbono do solo e as perspectivas do carbono florestal para o estado. Com relação ao PSA foram tratados o conceito e cenário, o Programa Estadual de Pagamento de Serviços Ambientais, a importância da restauração de ecossistemas na provisão dos serviços ambientais, além dos desafios para implementação do PSA.
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Pagamento por Serviços Ambientais