Aliança para Economia do Bem-Estar chega ao Brasil

A crise causada pela pandemia da covid-19 causou recessão e desemprego em todo o mundo. Mas um pequeno país insular europeu resolveu reduzir a jornada de trabalho para quatro dias. A medida não só ampliou o número de vagas disponíveis, como também aumentou a produtividade média dos trabalhadores. A nação inovadora é a Islândia, país do noroeste da Europa, que lidera a chamada Aliança para Economia do Bem-Estar, movimento fundado em 2008, e que criou um hub esse ano no Rio de Janeiro. No Rio em Foco desta segunda-feira (20/12) a jornalista Geiza Rocha conversa com João Bernardo Casali, consultor do Sistema B e fundador da representação brasileira da organização.

“Economia do bem-estar é um conceito relativamente novo que privilegia princípios como dignidade, ecocentrismo, conexão, justiça e participação na reconstrução da economia”, explica Casali.

Hoje, o movimento batizado de We All (Wellbeing Economy Alliance) reúne cerca de 200 organizações, entre empresas, universidades e governos que procuram desenvolver métricas capazes de medir o bem-estar em diferentes territórios e culturas e busca a expansão. “Hoje a organização reúne, em sua maioria, instituições europeia, mas busca a expansão para Estados Unidos e América Latina, incluindo o Brasil. Nós estamos pensando em como voltar melhor da pandemia  com uma economia que cuide das pessoas”, anuncia Casali.  

No Brasil, o movimento We All chegou por meio de um Hub apoiado pelo Sistema B, que lançou uma carta de intenções inspirada no Build Back Better”, inciativa do governo Biden para a reconstrução da economia.  “No Brasil nós definimos sete princípios: desenvolvimento regenerativo; emergência climática; igualdade racial; abordagem regenerativa para a questão das drogas; diversidade, inclusão e empoderamento; Investimento e negócios de triplo impacto positivo; sociedades pacíficas e participativas”, enumera Casali.

De acordo com o economista, a crise atual não é apenas econômica, mas também social e climática e Aliança para Economia do Bem-Estar propõe pautar globalmente o enfretamento sistemático deste desafio. “Nós precisamos de políticas afirmativas que propõe a geração de impacto positivo, não só a redução de impactos negativos, mas a regeneração de funções importantes, como é o caso da restauração ecológica e florestal”, argumenta.

O Rio em Foco é exibido as segundas-feiras, às 22h, na TV Alerj (canal UHF 10.2 e 12 da NET) com reprises no sábado (25/12), às 17h, e domingo (26/12), às 20h. A partir de terça-feira (21/12), o programa fica disponível também no canal do Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio no YouTube, e no podcast “Quero Discutir o Meu Estado”, disponível nas principais plataformas de streaming.