Sebrae-RJ e Rio de Impacto apresentam 2ª edição do Guia Sobre Oferta de Capital

Os empreendedores de impacto socioambiental do Rio de Janeiro agora contam com mais uma ferramenta para contribuir com o desenvolvimento de seus negócios. O Sebrae-RJ acaba de lançar a 2ª edição do guia sobre oferta de capital para o setor. A publicação foi apresentada nesta sexta-feira (21/05) durante um seminário on-line em parceria com o Movimento Rio de Impacto.

O guia traz os principais instrumentos disponíveis no mercado, junto com uma indicação sobre qual o melhor estágio do negócio para acessar esses recursos, além de contar com dicas e entrevistas com investidores e empreendedores que já captaram recursos. Ele pode ser acessado gratuitamente no link: https://digital.rj.sebrae.com.br/guia-negocios-de-impacto-oferta-de-capital

“Essa publicação vem para ajudar a equacionar a questão do acesso à capital, um dos principais gargalos dos empreendedores de impacto. Ao preencher essa lacuna, esperamos impulsionar os negócios de impacto social a solucionar os problemas e a melhorar a qualidade de vida, principalmente nas comunidades”, afirmou o diretor de Desenvolvimento do Sebrae-RJ, Sergio Malta.

A 2ª edição do Guia "Negócios de impacto: oferta de capital" do Sebrae Rio tem 137 páginas e traz um passo a passo sobre os estágios de desenvolvimento de negócios de impacto, os mecanismos de captação disponíveis, dicas de empreendedores e investidores de impacto, assim como um glossário, com os termos técnicos, já que muitos deles são em inglês.

Para a analista sênior do Sebrae-RJ, Juliana Oliveira, a atualização do guia, que teve sua primeira versão lançada em 2017, veio em ótima hora, com uma edição mais robusta e novos instrumentos de fomento.

“O campo para empreendimentos de impacto está crescendo e com isso é cada vez maior o número de instrumentos financeiros disponíveis para apoiar os negócios de impacto. A cereja do bolo dessa edição é sem dúvidas as dicas práticas de como o empreendedor precisa se preparar e entender o que o investidor espera dele”, frisou Juliana.

O material destaca também a importância da mensuração do impacto para a afirmação da identidade do negócio e seu diferencial em relação a outros modelos tradicionais, fundamental para validar a capacidade de gerar lucros e transformação social.

O momento de pandemia também foi abordado no guia, assim como no seminário. Segundo Beto Scretas, da Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto, a crise da covid-19 fez aumentar a concentração de renda e acelerou a questão do impacto social.

“A pandemia apertou a tecla acelerar nas discussões sobre impacto social. Antes estávamos numa escada física e passamos para uma escada rolante, mas ao mesmo tempo, aumentou o tamanho e complexidades dos nossos desafios”, comparou Scretas, que também lembrou que a cerca de 70% dos negócios de impacto estão em estágio inicial, necessitando de ajuda financeira e intelectual.

Para o empreendedor João Souza, da Fa.Vela., fez coro ao discurso de Beto. Para ele, a crise sanitária e econômica acelerou e também democratizou o debate sobre o futuro.

“Nossos desafios são muito maiores com a desigualdade, mas também mostrou que o futuro tem um caminho mais diverso e compartilhado”, finalizou.

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