Novas ferramentas ajudam a medir o impacto positivo de empreendimentos

Cada vez mais os gestores de grandes empresas, fundos e recursos vão orientar suas decisões levando em conta a pegada social e ambiental das instituições que financiam.Essa foi a constatação feita pelos especialistas que integraram a segunda sessão do primeiro dia do 5º Seminário de Negocios Sociais e Ambientais, realizado nessa quarta-feira (25/11), pelo Movimento Rio de Impacto.

No encontro foram apresentadas as ferramentas de mensuração dos resultados de impacto social e ambiental gerados pelos empreendimentos. Para Daniel Braga Brandão, fundador da consultoria Move Social, é necessário respeitar o processo de maturação do empreendimento para qualificar adequadamente os impactos sociais de suas ações. Ele destaca a ferramenta de métrica de impacto social da Vox Capital, que está disponível on-line, como instrumento que respeita as fases do negócio. “Não adianta trazer as métricas logo na concepção do negócio. É preciso deixar a ideia florescer. É possível ter diferentes tipos de avaliação que cabem a momentos diferentes do processo”, pondera. 

Pedro Augusto, coordenador de projetos do Sistema B, destacou que para receber certificação do Sistema B, as empresas precisam se habilitar de acordo com os pilares de impacto positivo sintonizado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas. Para isso, no site da organização há uma matriz on-line de gestão de impacto social e ambiental, capaz de gerar uma série de ferramentas e relatórios detalhados, cuja utilização foi explicada passo a passo por ele. “O grande intuito do Sistema B não é que todas as empresas se certifiquem, mas que todas as empresas possam usar essas ferramentas para monitorar suas práticas e se comportarem cada vez mais como empresas B”, argumenta. 

Já a conselheira no Brasil da Global Reporting Initiative (GRI), Tatiana Faria de Araújo, explicou a importância de as corporações incorporarem em suas rotinas avaliações contínuas do sua presença na sociedade em que está inserida. “Todo negócio tem um pilar econômico, mas, para ele se sustentar a longo prazo, os pilares sociais, econômicos e ambientais também são necessários”, destacou enquanto apresentou a possibilidade dos indicadores GRI ajudarem nos relatórios de conformidade das empresas.

Durante o encontro, os palestrantes também puderam tirar dúvidas dos presentes e explicar melhor o funcionamento das ferramentas. "Foi uma oportunidade única de conhecer num mesmo painel como cada ferramenta pode ser utilizada e quando sua aplicação é mais apropriada", resumiu a mediadora Geiza Rocha, que coordena o Movimento Rio de Impacto. Na quinta e sexta-feiras, o 5º Seminário de Negócios de Impacto Social e Ambiental prossegue, sempre iniciando às 14h. O evento foi organizado pela ALERJ, Sebrae-RJ, PUC-Rio, Sistema B, Esdi-UERJ e Instituto Ekloos e contou com o apoio da Faperj.

Para assistir a íntegra dos debates, acesse a página do Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico do Rio no YouTube.

Acesse as apresentações:
Sistema B