Turismo de saúde na prática será debatido na Câmara de Cultura, Turismo e Esportes

A Câmara de Cultura, Turismo e Esportes vai fazer um mergulho no turismo de saúde, suas potências e capacidades em seu próximo encontro que será realizado no dia 30 de setembro. No painel serão apresentadas as experiências bem-sucedidas de países como a Colômbia, além da iniciativa do Niterói Convention & Visitors Bureau, entidade que vem trabalhando o desenvolvimento do turismo de saúde naquele município mapeando parceiros e oportunidades. O aprofundamento do tema, que já esteve em debate em abril deste ano quando foi discutido o papel que o Turismo de Saúde pode ter na retomada da economia pós-pandemia, foi definido na reunião virtual desta quarta (26/08).

Segundo Luciano Pereira, professor do Departamento de Turismo da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), a estruturação desse setor representa uma grande oportunidade para o estado na promoção do crescimento econômico. "O Rio de Janeiro tem a maior capacidade técnica do país, com uma grande rede de hospitais, centros e universidades na área de Medicina. Nenhum outro estado da federação conta com esse tipo de recurso", afirmou.

Outro tema que permeou as discussões da Câmara este ano e vem se concretizando foi a tendência ao turismo de proximidade com o relaxamento das medidas restritivas. Há de fato uma mudança no perfil do turismo em meio à pandemia, com uma procura por viagens curtas com a família para destinos próximos com deslocamentos de carro. “As pessoas ainda estão com medo de viajar de avião, viagens para o interior do estado estão sendo muito procuradas, mas é preciso que essas cidades invistam em comunicação sobre o funcionamento dos seus estabelecimentos, sejam hotéis ou restaurantes  e a adoção dos protocolos de segurança para o público em geral”, frisou o consultor André Paranhos.

Apesar da retomada das atividades, o momento ainda é difícil para o turismo no Rio de Janeiro, que prevê uma recuperação lenta. “O grande impacto sobre o setor poderia ter sido mitigado com uma maior oferta de crédito”, destacou o presidente da Federação de Convention & Visitors Bureau do Rio de Janeiro, Marco Navega. De acordo com ele, o estado recebeu apenas R$ 18 milhões do Fungetur do Ministério do Turismo, atrás de estados como São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. “Precisamos que as bancadas estaduais e federais do Rio de Janeiro se unam para trazer mais recursos para o nosso estado”, completou. A bitributação das feiras foi outro assunto levantado pelo grupo como importante para que o Rio volte a ser atrativo no retorno dos eventos corporativos.