“Acho importante que o estado se preocupe com o planejamento do seu sistema dutoviário. No Brasil isso ficou muito a cargo das empresas que atuavam no setor, enquanto que nos Estados Unidos esse tema é tratado pelo Departamento de Transportes. A queda do monopólio no setor vai exigir uma visão de futuro e estudos dos novos dutos do país”, afirmou Marcelino. Segundo ele, o modal dutoviário é a forma mais segura de transportar petróleo e seus derivados e por isso torna-se importante para viabilizar a atividade no país. “Novas empresas estão vindo para o Brasil, teremos novos agentes no mercado e o Rio de Janeiro tem um papel importante nessa atividade de transporte dutoviário na nossa economia”, disse.
O transporte dutoviário é uma tendência mundial, porém menos de 5% do volume de cargas do país é transportado por meio das dutovias, que tem menos de 21 mil km de malha. Número baixo se comparado com países como Estados Unidos com mais de 400 mil km e Canadá com quase 300 mil km. Entre as vantagens desse tipo de modal estão a segurança, confiabilidade e a baia emissão de gases de efeito estufa, além da alta produtividade por ser um sistema de operação contínua.
“Não temos conhecimento de nenhum plano na área de transportes dos estados ou na parte de logística do governo federal que contemple os dutos. Nosso objetivo é aproveitar essa boa iniciativa do Fórum em trazer a questão dos dutos para marcar uma reunião de trabalho junto com os principais intervenientes no tema”, afirmou o secretário Delmo Pinho, que lembrou que o PELC é um plano vivo, em contínua atualização. “Vamos nos aprofundar mais no tema em dezembro para ver o que conseguimos inserir no planejamento estratégico do estado”, concluiu.