Governo do estado lança Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana

Uma região com empregos e moradias dignas em que serviços, cultura e lazer são distribuídos de forma equilibrada nas diversas centralidades interligadas por sistemas de transportes públicos transversais e multimodais. Essas são algumas das 132 propostas para os próximos 25 anos que constam no Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana (PEDUI), lançado pelo Governo do Estado. O programa foi apresentado pela Câmara Metropolitana nesta quarta (21/06), na Sala Cecília Meireles, no Centro.

A região metropolitana do Rio de Janeiro é a segunda maior do país, reunindo 21 municípios que concentram mais de 12 milhões de habitantes. Combater a ocupação desordenada da região que cresce 32 km2 ao ano, o equivalente a cinco vezes a área de Copacabana, foi uma das grandes preocupações do Plano.

“O Plano Estratégico vai ser muito importante para alavancar o desenvolvimento da região de forma planejada e eficiente”, destacou o governador do estado Luiz Fernando Pezão.

Além do fortalecimento de novas centralidades, as propostas incluem a coesão socioterritorial, com a identificação de 334 territórios de investimento prioritário (TIPs), o ordenamento do território, a construção de habitação ao longo dos trilhos, a reinvenção da Baía de Guanabara, e o incentivo à produção de alimentos.

Segundo Vicente Loureiro, diretor da Câmara Metropolitana, o programa cria condições para que a região metropolitana do Rio possa ser socialmente menos desigual e economicamente menos centralizadora.

“Basta um pacto, ao redor de um senso de propósito obtido por amplas consultas à população, para que possamos seguir um caminho de paz, coesão e oportunidades para todos os cantos”, afirmou Loureiro.

O PEDUI foi elaborado durante dois anos pelo consórcio formado pelas empresas Quanta Consultoria e Jaime Lerner Arquitetos, sob a coordenação da Câmara Metropolitana, com financiamento do Banco Mundial e contou também com a participação de técnicos e especialistas de universidades. O Plano agora será encaminhado para ser analisado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e, depois de aprovado, será enviado ao governo para ser sancionado.