Alerj sediará Fórum sobre economia da cultura

Qual o papel da lei de incentivo à cultura e o retorno desse investimento na economia do estado do Rio? Para responder a essas e outras questões, o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro da ALERJ, reuniu representantes do setor cultural,da Comissão de Cultura, pesquisadores das universidades e a secretaria de estado de Cultura para formular a programação de um evento que será realizado no Plenário Barbosa Lima Sobrinho. "Essa reunião apresentou alguns pontos importantes que precisam ser abordados, mas faremos ainda uma nova rodada no dia 3 de maio, às 15h, para ampliar o debate e trazer representantes da secretaria de desenvolvimento econômico do estado para participar dessa reflexão", explicou a subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha. 

Dentre os temas já levantados no primeiro encontro do grupo estão a necessidade de debater o financiamento da cultura, a capacitação e formação dos profissionais do setor, a necessidade de mostrar a cadeia de produção e o impacto social gerado pelas atividades da economia da cultura, bem como a análise sobre os avanços permitidos pela Lei Rouanet e a necessidade de debater o papel do estado no desenvolvimento desse setor. "Vivemos uma crise estrutural em nosso estado. E, nesse cenário, precisamos colocar em discussão, de uma forma articulada e orgânica, o modelo de desenvolvimento econômico que queremos para os próximos dez, vinte anos", afirmou a secretária estadual de Cultura, Eva Dóris, que apresentou na reunião algumas iniciativas da Secretaria, como a Incubadora Rio Criativo, a Rio Film Comission e as caravanas da Secretaria que levam consultoria de gestão de negócios na Economia Criativa a todos os municípios do estado. 

Durante a reunião, pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro apresentaram o Mapa da Cultura do Estado do Rio de Janeiro, que foi produzido a partir dos debates ocorridos no Fórum ano passado. "Temos uma oportunidade única nesse evento que estamos organizando de mostrar como funciona o nosso setor e para isso precisamos debater e sintetizar de forma a aproveitá-la", ressaltou Vilma Lustosa, diretora do Festival do Rio. 

A necessidade de alterar o modelo econômico vigente baseado no setor de óleo e gás foi outro ponto levantado durante a reunião. "O petróleo do século XXI é a cultura", defendeu a produtora cultural Bianca de Felippes, que no próximo encontro apresentará a síntese de uma pesquisa feita pela APTR (Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro), que analisou o funcionamento e a importância para o país da Lei Rouanet.