Em 2014, Rio é responsável por 15% da receita nacional do e-commerce

O e-commerce, ou comércio eletrônico, vem conquistando muitos adeptos no país, sejam eles compradores ou empreendedores. De acordo com um estudo realizado pela consultoria Conversion, o Mapa do E-Commerce, em 2014, o Brasil teve um faturamento de R$ 43 bilhões.

Em tempos de praticidade e tecnologia, o e-commerce, ou comércio eletrônico, vem conquistando muitos adeptos no país e no mundo, sejam eles compradores ou empreendedores. De acordo com um estudo realizado pela consultoria Conversion, o Mapa do E-Commerce, em 2014, o Brasil teve um faturamento de R$ 43 bilhões, representando um crescimento de aproximadamente 26% em relação a 2013, quando atingiu a marca de R$ 34 bilhões.

De cosméticos à viagens nacionais e internacionais, as compras pelas internet variam pelos mais diversos gostos e necessidades. A aquisição de passagens, passeios e até reservas turísticas, representou 15% de vendas no setor, seguido por eletrodomésticos, com 14%; produtos de informática, com 11%; e cosméticos, perfumaria e bem estar, com 10%, empatados com os produtos eletrônicos, na quarta posição do ranking de vendas online.

Responsável por aproximadamente 15% da receita total, o estado do Rio de Janeiro aparece em segundo lugar no estudo, atrás apenas de São Paulo, com 45%. No entanto, mesmo apresentando recuo de 1% em relação às compras de 2013, os fluminenses gastaram R$ 1 bilhão a mais que no ano anterior (R$ 6,45 bilhões). Para a especialista em marketing digital, Patrícia Andrade Ladeira, da consultoria Contenuto, a praticidade, combinada com diversos outros fatores, acabam aumentando a procura pelas compras online.

“O e-commerce fluminense está em crescente expansão e o consumidor acaba adquirindo um produto ou serviço por conta da comodidade proporcionada pela internet. Enfrentar um trânsito complicado, lojas cheias e a falta de segurança acaba afastando o potencial comprador, que prefere receber o produto em casa, adquirido em uma loja virtual”, destaca Patrícia, ressaltando que o Rio de Janeiro deve aproveitar suas belezas naturais para divulgar e vender passeios turísticos. “Vejo um cenário promissor no comércio eletrônico fluminense. Muitas empresas estão migrando ou até abrindo lojas virtuais”, analisou.

Atualmente, qualquer aparelho eletrônico com acesso à internet pode realizar compras online em qualquer lugar do mundo, seja na cidade vizinha, ou até mesmo do outro lado do mundo. “Podemos afirmar que a popularização dos smartphones e o aumento do acesso pela banda larga são os grandes responsáveis pelo crescimento das vendas pela internet. Hoje, temos o 'proconsumidor', ou o consumidor proativo, que é aquele que não espera ser bombardeado por propaganda. Ele vai buscar o que quer comprar, pesquisa preços, informações sobre o produto e tudo isso está à disposição dele na internet”, afirmou a especialista em marketing digital.

Ao longo dos doze meses do ano passado, a Conversion analisou 100 milhões de visitas e a estimativa é que o comércio eletrônico tenha gerado mais de 136 milhões de pedidos, com um valor médio por compra de R$ 316. Segundo Patrícia, a expectativa é boa para o e-commerce em 2015. “Em 2014 tivemos eleição e isso reflete no cenário econômico do ano seguinte. O mercado está otimista por todos os benefícios do comércio eletrônico, mas seguimos com o pé no freio. A economia brasileira não está tão estável quanto o governo prega”, completou.