Embrapa desenvolve software que identifica risco de contaminação da água por agrotóxicos

A má aplicação dos agrotóxicos pode ocasionar prejuízos não só na produção, mas também contaminar a água . Então, foi criado através da Embrapa, o software ARAquá que analisa os riscos da aplicação de agrotóxicos sobre os corpos hídricos subterrâneos e superficiais.

A má aplicação dos agrotóxicos pode ocasionar prejuízos não só na produção, mas também contaminar a água e deixá-la imprópria para o consumo. Com essa preocupação, foi criado através da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna(SP), o software chamado ARAquá que analisa os riscos da aplicação de agrotóxicos sobre os corpos hídricos subterrâneos, os lençóis freáticos e aquíferos, e também os superficiais, como rios, córregos e lagos.

O programa atualmente aperfeiçoado pela Embrapa Gestão Territorial, em Campinas, é destinado para órgãos oficiais de controle ambiental, organizações ambientais, empresas ligadas ao setor agropecuários e profissionais que trabalham com a gestão ambiental.  O aplicativo pode ser baixado gratuitamente aqui.

Na atual versão, o programa tem dados de entrada necessários para as simulações com uma interface bastante amigável. O registro das condições do clima, propriedades do solo e situação do terreno permite que os cálculos sejam feitos para condições brasileiras. Além disso, com base em dados toxicológicos, a nova versão apresenta resultado quocientes de risco para organismos aquáticos e consumo da água pela população.Para cada caso, o sofrware revela um quociente. Se a concentração de um determinado produto na água estiver acima do nível aceitável, o valor aparece grifado em vermelho. Numa eventualidade, caso a concentração não apresente nenhum risco para consumo, será apresentado um grifo verde ou até amarelo, caso represente risco potencial.

- Um exemplo de indicação amarela são os casos de risco somente se o corpo hídrico abrigar espécies ameaçadas de extinção. Se for essa a situação, o ARAquá  apresenta o quociente grifado em amarelo com a respectiva explicação - disse o analista da Embrapa Gestão Territorial e um dos desenvolvedores do programa, Rafael Mingoi.