Rio em Foco debate estratégias para fortalecer Economia Criativa

O Rio possui a maior média salarial do país nos setores ligados à Economia Criativa. Mas para desenvolvê-la no estado e no país é preciso articulação. "Não podemos tratar a economia criativa como um assunto apenas da Cultura. Ela tem a ver com Educação, Ciência e Tecnologia."

O Rio de Janeiro possui a maior média salarial do País nos setores ligados à Economia Criativa. Mas para desenvolvê-la no estado e no país é preciso articulação. "Não podemos tratar a economia criativa como um assunto apenas da Cultura. Ela tem a ver com Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento. Nos países em que ela avança, as políticas públicas são definidas pela Casa Civil", explica a ex-chefe do Programa de Economia Criativa da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Edna dos Santos-Duisenberg, uma das entrevistadas do Programa Rio em Foco, que vai ao ar nesta segunda-feira, dia 9/2, às 22h na TV Alerj (canal 12 da NET).

Na estréia da nova temporada do programa, que está de visual novo, participam o professor da Escola de Engenharia de Produção da Unirio, Manoel Friques, e o coordenador do Programa de Indústria Criativa da Firjan,Gabriel Bichara. Segundo Friques, a falta de informação ainda é um grande obstáculo para o desenvolvimento de políticas públicas intersetoriais. “Não há informações disponíveis sobre o impacto econômico por exemplo das artes visuais”, critica.

Lançado em 2008 e atualizado recentemente pela Firjan, o Mapa da Indústria Criativa identificou os setores de design, audiovisual, biotecnologia e tecnologia da informação como sendo os de maior destaque no Rio. “Houve nesse período um crescimento muito grande nas áreas de consumo, principalmente o design, que vem com uma força muito grande, acompanhando uma tendência internacional. O Rio está muito bem posicionado”, destaca Gabriel Bichara. Segundo ele, só as fantasias que desfilam na Apoteose durante o Carnaval carioca movimentam R$ 70 milhões. Somando-se a isso a circulação de alimentos, patrocínio, direito de exibição, e as comemorações para além da passarela do samba, com os blocos de rua, o valor chega a R$ 1 bilhão. O Carnaval é um exemplo clássico de Economia Criativa, setor em que o Rio mais uma vez se destacou como o segundo maior mercado criativo do país. “O Rio é o grande protagonista nessa história. É o segundo maior mercado, mas só perde para São Paulo porque o estado é maior. Em participação na economia, o Rio é líder”, explica.

A TV Alerj também pode ser sintonizada, seguindo as instruções do link www.tvalerj.tv/sintonia.do. A partir de terça-feira (10/02), a íntegra do programa estará disponível também no portal www.rioemfoco.rj.gov.br. Além do programa, há no site uma entrevista exclusiva com a economista Edna dos Santos-Duisenberg.