Aumento do custo de energia elétrica está entre as principais preocupações da indústria

De acordo com o estudo “Quanto custará a energia elétrica para a indústria no Brasil?”, lançado em dezembro do ano passado, pelo Sistema Firjan, o custo da energia elétrica para o setor pode chegar a R$ 459,20 por MWh até o final de 2015 e a R$ 493,50, em 2016.

De acordo com o estudo “Quanto custará a energia elétrica para a indústria no Brasil?”, lançado em dezembro do ano passado, pelo Sistema Firjan, o custo da energia elétrica para o setor pode chegar a R$ 459,20 por MWh até o final de 2015 e a R$ 493,50, em 2016. Com o aumento para este ano, de aproximadamente 14%, em relação ao atual valor (R$ 402,10 por MWh), registrado na última segunda-feira (5), o Brasil pode chegar à quarta posição do ranking internacional, que contempla os 28 países onde os custos são os mais altos registrados. Atualmente, o país ocupa a sexta posição, atrás de Índia, Itália, Singapura, Colômbia e República Tcheca. Vale destacar que, desde janeiro de 2013, quando o Governo Federal concedeu desconto às distribuidoras, o custo de energia para a indústria aumentou quase 90%.

Para o gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Cristiano Prado, o uso de medidas que diminuam esses custos é de grande importância para o setor. “A situação do país no cenário internacional é preocupante. As indústrias não conseguem mais suportar um aumento de preço em um de seus insumos mais importantes, como está ocorrendo”, destacou Prado.

Além dos fatores que compõem o custo (Custo Médio Ponderado das bandeiras tarifárias; Custos de Geração, Transmissão e Distribuição – GTD; Encargos Setoriais; Perdas técnicas e não técnicas; e Tributos federais e estaduais - PIS/COFINS e ICMS), o cálculo inclui ainda os valores aportados às distribuidoras. Tais valores chegaram ao total de R$ 51,5 bilhões, dos quais, R$ 29,5 bi serão repassados aos consumidores finais a partir deste ano, e o valor da bandeira vermelha, que atualmente está em R$ 41,20 MWh, incluindo os tributos.

No estudo, a Firjan ainda considera quatro premissas para o custo médio de energia, sendo elas a recuperação do nível dos reservatórios, que só deverá ocorrer a partir de 2017; o acionamento térmico de 2015 e 2016, que seguirá os padrões de 2014; a inserção das fontes mais baratas na matriz conforme o definido pelo Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE/EPE; e a utilização da bandeira vermelha durante todo o ano, devido ao alto despacho térmico.

A análise de energia pode ser consultada através do site www.firjan.org.br/quantocusta. No mesmo endereço, é possível conferir as comparações internacionais, os recortes estaduais e as informações por distribuidoras, que são atualizadas imediatamente após cada reajuste de tarifa.