Rio é o segundo maior mercado de Indústria Criativa do Brasil

O Rio de Janeiro conta com 107 mil profissionais da indústria criativa, representando 2,3% do mercado de trabalho do estado. Trata-se do segundo maior mercado de trabalho do país depois de São Paulo. Juntos, os dois concentram 51,1% dos profissionais criativos brasileiros.

O estado do Rio de Janeiro conta com 107 mil profissionais da indústria criativa, representando 2,3% do mercado de trabalho do estado. Trata-se do segundo maior mercado de trabalho do país depois de São Paulo. Juntos, os dois concentram 51,1% dos profissionais criativos brasileiros. Estes dados foram divulgados no Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil publicado pela Firjan nesse mês, que atualiza as estatísticas da Indústria Criativa brasileira e faz uma análise do seu desenvolvimento nos últimos dez anos, comparando os dados de 2004 com os de 2013. O Mapeamento mostra que no Rio de Janeiro, os setores com maior aumento do número de empregados nos últimos dez anos foram Pesquisa & Desenvolvimento (+18,0 mil), Publicidade (+10,9 mil) e Arquitetura (+7,7 mil). Em termos relativos, a Biotecnologia foi a área que mais evoluiu: alta de 411,9% em Santa Catarina e 239,6% no Rio de Janeiro.

O Rio de Janeiro é o estado com melhor remuneração na área. Em sete dos treze setores criativos analisados os profissionais fluminenses possuem as maiores remunerações: Pesquisa & Desenvolvimento (R$ 14.510), Artes Cênicas (R$ 8.107), Tecnologias da Informação e Comunicação (R$ 7.265), Audiovisual (R$ 5.350), Patrimônio & Artes (R$ 5.260), Design (R$ 3.326) e Moda (R$ 1.965). Sede de universidades de renome internacional e múltiplos institutos de pesquisa públicos e privados, o Rio tem o segmento de Pesquisa & Desenvolvimento mais abundante, com 32 mil trabalhadores e, como consequência, maior participação na classe criativa fluminense: 29,5%. Já em São Paulo a maior parcela dos criativos está no setor de Publicidade (23,1% da indústria criativa paulista).

Acesse aqui o mapeamento da Indústria Criativa no Brasil 

A publicação é dividida em quatro partes: a primeira aborda a perspectiva das empresas criativas e o valor de produção gerado por elas; A segunda concentra-se no mercado de trabalho criativo. A terceira analisa a Indústria por estados brasileiros; Já a última seção apresenta uma análise de cada uma das quatro áreas criativas e sua evolução nos últimos 10 anos. A indústria criativa é dividida em quatro grandes áreas: Consumo, Cultura, Mídias e Tecnologia. “Por possuírem características semelhantes entre seus segmentos, esta agregação facilita tanto a leitura do comportamento das áreas e de seus segmentos ao longo dos anos, como também a identificação das vocações das regiões e estados brasileiros”, consta a edição.

A indústria ainda é analisada pela Firjan sob dois aspectos: produção e mercado de trabalho. A produção volta-se para as empresas criativas, que não necessariamente empregam apenas trabalhadores criativos. Já o mercado de trabalho contempla os trabalhadores criativos, que não necessariamente estão empregados em empresas tradicionalmente criativas. Segundo a publicação, dos 892,5 mil profissionais criativos mapeados no Brasil, 221 mil (24,7%) atuam na Indústria de Transformação, onde representam 2,8% dos trabalhadores, contrariando o senso comum que restringe esses trabalhadores às agências de publicidade, escritórios de design, produtoras de conteúdo audiovisual, entre outras empresas estritamente criativas.