Desenvolvimento da indústria láctea no estado responde a investimentos

A produção de leite no Estado do Rio está em pleno crescimento. Além da atração de grandes indústrias lácteas para o território fluminense, como Nestlé, Laticínios Marília, Quatá, LBR e Vigor, outras, de diferentes portes se instalaram no estado.

A produção de leite no Estado do Rio está em pleno crescimento. Além da atração de grandes indústrias lácteas para o território fluminense, como Nestlé, Laticínios Marília, Quatá, LBR e Vigor, outras, de diferentes portes se instalaram no estado. “Este crescimento no setor é fruto de ações conjuntas entre a Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj) , Sindicatos Rurais, Cooperativas e Governo por meio da Secretaria Estadual de Agricultura, com importante apoio da Alerj” , explica o assessor técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-Rio), Maurício Salles.

Dados da secretaria estadual da Agricultura mostram que, a partir de 2009, com os incentivos do Programa Rio Leite, já se instalaram no estado do Rio de Janeiro 51 novas indústrias lácteas e usinas de beneficiamento de pequeno, médio e grande porte num investimento total de R$ 410 milhões, geração de 3.870 empregos diretos e 22.500 indiretos.

O desenvolvimento da produção leiteira tem um impacto social positivo. Isto porque utiliza-se muita mão de obra, contratada e familiar. “O trabalho desenvolvido nas pequenas propriedades gera renda, fixa o produtor no campo e, muitas vezes, faz com que os familiares retornem para a zona rural.”afirma Salles. O programa Balde Cheio, implantado no Rio em 2003 pelo Senar-Rio, a Faerj e o Sebrae-RJ, tem o objetivo de atualizar profissionais que atuam na assistência técnica a produtores de leite, implantando técnicas simples que promovem a viabilidade econômica da atividade leiteira. Este programa, segundo Salles, vem mostrando o potencial de geração de renda em propriedades leiteiras do Estado.

A Alerj teve participação no processo. A lei que isentou de ICMS os produtos lácteos e permitiu a recuperação do crédito pelas cooperativas e associações, contribuiu, segundo Salles para que 60 milhões de reais fossem investidos na cadeia de produtos lácteos do estado. Segundo a secretaria estadual de Agricultura, desde 2009 foram reestruturadas 42 cooperativas e associações de produtores de leite através dos créditos de ICMS.

"Já o Governo do Estado, contratou novos técnicos para a reestruturação do Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), e investiu em programas como o Rio Genética, que promoveu uma melhora no rebanho do Estado, democratizando o acesso à tecnologia genética", explica Salles. Ele ressalta que o trabalho está apenas começando. "Para continuar desenvolvendo o setor, a assistência técnica para o produtor tem que continuar recebendo investimentos. Com a ajuda de técnicos capacitados vamos promover o aumento da produção com melhoria na renda”, espera. Para ele, o cenário é favorável, e o crescimento da economia no Estado do Rio proporcionará aumento na demanda de produtos lácteos, que poderá ser atendida pelos produtores de leite do próprio Rio de Janeiro.

Por Beatriz Perez