Estudo sobre transporte nas favelas é lançado em português

Como se locomovem os cerca de um terço da população da capital carioca que vive em assentamentos informais, conhecidas também como favelas? Que políticas de mobilidade devem ser empregadas para criar de fato um legado após as Olimpíadas?

Como se locomovem os cerca de um terço da população da capital carioca que vive em assentamentos informais, conhecidas também como favelas? Que políticas de mobilidade devem ser empregadas para criar de fato um legado após as Olimpíadas? Essa e outras perguntas serviram de base para a produção pela Embarq Brasil, em parceria com o Lincoln Institute of Land Policy, organização de pesquisa e políticas de Cambridge (Estados Unidos), do estudo Transportation in the Favelas of Rio de Janeiro. A versão do trabalho já está pronta e disponível também em Português

 

O estudo sobre o uso dos meios de transporte nas favelas do Rio de Janeiro partiu da constatação de que apesar de alguns desses assentamentos estarem muito bem localizados, em áreas centrais e próximas a oportunidades de trabalho e serviços, muitos ficam na periferia, a horas do centro da cidade. E mais: não havia até então uma base sólida de dados referentes ao comportamento dos moradores no que diz respeito ao uso dos transportes. Ao todo foram realizadas 2.000 entrevistas em três favelas na Zona Sul, na Zona Norte e na Zona Oeste, de acordo com a definição tipológica das favelas da Secretaria Municipal de Habitação. As entrevistas reuniram dados quantitativos referentes à posse de veículos e aos padrões diários de locomoção e dados qualitativos sobre a percepção dos moradores em relação à segurança viária. O trabalho foi realizado em colaboração com Luis Antonio Lindau, diretor-presidente da Embarq Brasil e professor da UFRGS, e Carlos David Nassi, da UFRJ.

 

Os resultados da pesquisa foram apresentados para acadêmicos na Guatemala, em  congresso sustentável internacional na Cidade do México e para representantes da Prefeitura do Rio. O estudo revelou uma dependência expressiva de trajetos a pé e de meios não motorizados dentro das favelas, taxas mais elevadas de posse de veículos do que mostraram iniciativas anteriores, e a percepção dos moradores de que as ruas tendem a ser mais seguras dentro das favelas do que fora delas. A cidade investiu em BRT e projetos de transporte para ligar as favelas ao sistema de transporte coletivo. O programa Morar Carioca trabalha significativamente para melhorar a acessibilidade nas favelas, em particular com a construção de novas vias.

 

Saiba mais:

 

Acesse o estudo completo (Inglês)

Acesse o estudo completo (Português)

 

 

Por: Jacob Koch com Fórum de Desenviolvimento