IFDM indica Resende como cidade mais desenvolvida do Rio

Com o objetivo de monitorar o desenvolvimento socioeconômico do país, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) chegou à sua 6ª edição apontando um crescimento de 1,8%, em comparação com 2010. Apesar isso, o índice ainda divide o Brasil em duas partes.

Com o objetivo de monitorar o desenvolvimento socioeconômico do país, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) chegou à sua 6ª edição apontando um crescimento de 1,8%, em comparação com 2010. Apesar isso, o índice ainda divide o Brasil em duas partes. A primeira, que contém as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, possui 60% das cidades brasileiras entre os 500 maiores IFDMs do país, com 98,6% de participação. Do estado do Rio, Resende é o município mais bem localizado no ranking, ocupando a 134º posição. A segunda parte, que agrega as regiões Norte e Nordeste, responde por 40% dos municípios, predominando entre as 500 posições mais baixas do ranking, com 94,4% de participação. Levando em consideração o ritmo de desenvolvimento registrado no país desde 2005, considera-se que o grupo dos 500 piores IFDMs está 13 anos atrasado em relação aos padrões de desenvolvimento encontrados nos municípios que ficaram no topo do ranking em 2011. De acordo com o estudo, essas cidades menos desenvolvidas ainda não chegaram ao século XXI.

Dessa vez, os setores de Educação e Saúde foram os grandes destaques para que o Brasil atingisse 0,7320 ponto no índice. O IFDM-Educação atingiu 0,7355, sendo o indicador que mais cresceu em relação a 2010, chegando a um aumento de 3,9%. Com 81% dos municípios atingidos, o crescimento refletiu, principalmente, o aumento das notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 3.921 cidades. O resultado fez com que a maioria dos municípios, cerca de 54,8% ficasse com desenvolvimento moderado nesta vertente. 

Já o IFDM-Saúde registrou um aumento de 2,1% em 2011, atingindo 0,7387 ponto, apresentando melhora em 65% das cidades. Por outro lado, o IFDM-Emprego e Renda foi o único que recuou em 2011, passando de 0,7261 para 0,7219 ponto (-0,6%).

No Rio, Resende apareceu entre os 150 melhores no ranking, garantindo o índice de 0,8349 ponto. Dentre as principais vertentes, o IFDM-Saúde foi o que registrou maior índice, com 0,8785 ponto. Em seguida, está Volta Redonda, que se destacou por ser a única cidade a registrar alto nível de desenvolvimento nas três vertentes analisadas pelo IFDM, status conquistado por conta do expressivo avanço no IFDM-Emprego e Renda e à melhora no IFDM-Educação. Já a terceira colocação no ranking estadual é ocupada por Nova Friburgo, seguida do município do Rio de Janeiro, que também ultrapassou a fronteira do alto desenvolvimento devido, principalmente, ao avanço da variável Educação, explicado pela melhora nas notas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Outro destaque é o município de Petrópolis, que subiu sete posições e ocupou a 7ª colocação no ranking estadual por conta dos avanços no IFDM-Educação e no IFDM-Emprego e Renda. Em relação a totalidade dos municipios, 83 das 92 municípios fluminenses (90,2%) apresentaram nível de desenvolvimento alto ou moderado. Na comparação com o último estudo, o estado aumentou de 11 para 13 o número de cidades que figuram entre os 500 maiores IFDMs do país.

No outro extremo do ranking do estado do Rio, seis municípios permaneceram entre os 10 menores IFDMs, apenas com algumas trocas de posição: Nilópolis, Belford Roxo, Laje do Muriaé, Queimados, Santa Maria Madalena e Japeri, que continuou na última posição. Apesar de ainda apresentarem um nível de desenvolvimento inferior ao restante do estado, vale destacar os avanços observados em Nilópolis (+2,6%) e Belford Roxo (+4,8%), principalmente por Emprego e Renda, e em Queimados (+4,8%), município que apresentou avanço nas três vertentes. Já os recuos mais expressivos no grupo dos últimos colocados foram observados em São Sebastião do Alto (-13,5%), Santa Maria Madalena (-11,1%), Cambuci (-9,1%) e Cardoso Moreira (-7,9%). Esses movimentos são explicados principalmente pela queda do IFDM-Emprego e Renda. Também nas últimas colocações, a cidade de Varre-Sai apresentou redução nas três vertentes analisadas.

O IFDM, que varia de 0 a 1 para classificar o nível de cada cidade, avalia as condições de Educação, Saúde, Emprego e Renda dos 5.565 municípios do país, obtendo dados oficiais através dos ministérios responsáveis. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento. O número de municípios com alto desenvolvimento caiu de 124 para 97, enquanto o de municípios com baixo desenvolvimento aumentou de 1.624 para 1.686. Os dados refletem a desaceleração da economia brasileira naquele ano, quando o saldo de geração de postos de trabalho com carteira assinada foi 23% inferior ao registrado no ano anterior.

Criado em 2008, o IFDM tem o objetivo de monitorar o desenvolvimento socioeconômico do país. Os resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nesta edição foram utilizados os dados de 2011, o que permite a comparação do desenvolvimento dos municípios com o ano de 2010 - último ano da primeira década do século XXI. A metodologia foi aprimorada para captar os novos desafios do desenvolvimento brasileiro. O principal incremento foi situar o Brasil no mundo, com base em padrões de desenvolvimento encontrados em países mais avançados. Conheça o índice e os resultados