Estudo revela retrato do financiamento coletivo no Brasil

A Catarse em parceria com a Chorus realizou um estudo que apresentou como funciona o financiamento coletivo no Brasil. Nele foram apresentados o perfil dos financiadores, o que eles consideram importante para o investimento e quais os principais projetos que os atrai.

Um estudo realizado pela Catarse, maior comunidade de financiamento coletivo do Brasil, em parceria com a Chorus, empresa com projetos ligados à sociedade e cultura, revelou um retrato do financiamento coletivo brasileiro. O financiamento coletivo, conhecido também como crowdfunding, e num jargão mais popular como "vaquinha", é uma maneira de obter ajuda financeira para iniciativas que tenham interesse coletivo, como projetos de mobilidade urbana ou culturais.

Com a maioria dos entrevistados trabalhando como funcionário de empresas privadas, 64% das pessoas que fazem o financiamento coletivo acontecer no Brasil ganham até R$ 6.000 por mês e atuam principalmente na área de comunicação e jornalismo, administração, web e tecnologia. Dentre os diversos projetos existentes 52% das pessoas investem nos artísticos e culturais de forma independente, 41% dão prioridade àqueles com viés ambiental e social que fortaleçam comunidades de forma responsável e solidária e 24% investem em projetos empreendedores que viabilizem novas empresas, produtos e iniciativas. 

O objetivo da pesquisa foi analisar o ambiente de investimentos no Brasil e conhecer as pessoas que fazem parte desse cenário de crowdfunding para poder compreender o porque delas apoiarem determinados projetos e de que maneira o comportamento delas poderia influenciar nisso. Para conseguirem observar tudo aquilo que queriam, os idealizadores do “Retrato do Financiamento Coletivo no Brasil” solicitaram aos seus assinantes e seguidores nas redes sociais que respondessem um questionário online com abordagens quantitativas e qualitativas sobre o financiamento coletivo. Através da resposta de mais de três mil pessoas, o estudo traçou o perfil dos financiadores e descobriu que a maioria deles são homens, 59%, contra 41% de mulheres, que ocupam principalmente as regiões Sudeste, Nordeste e Sul. 

Um dos fatores de grande destaque na pesquisa foi que apesar de existir uma enorme quantidade de pessoas interessadas em apoiar projetos relacionados a educação, na opinião dos entrevistados poucos dos que são apresentados são realmente relevantes. E, além da educação, a mobilidade e o transporte se destacam por apresentarem mais falta de projetos relevantes do que de pessoas que têm interesse em ajudar. Em uma escala de fatores importantes na hora de apoiar projetos destaca-se a identificação com a causa, a confiança no idealizador e a qualidade da apresentação do projeto.

Dentre os entrevistados, 72% acreditam que a transparência é fundamental para decidir apoiar um projeto, 66% consideram a qualidade de apresentação e 53% dizem que as recompensas são importantes para definir o valor do apoio.

Os idealizadores do projeto montaram um estudo dividido em quatro blocos. O perfil dos investidores: como estão distribuídos no país, escolaridade, gênero, renda mensal, ocupação e outros. O financiamento: explicando o que é, quais os setores mais atingidos, porque os brasileiros estão usando o financiamento coletivo, relação dos projetos mais apoiados, listagem de áreas mais investidas, fatores determinantes na hora de apoiar um projeto, quais áreas ainda estão carentes de projetos relevantes. A rede: mostra como um projeto atinge diferentes camadas e de que maneira isso ocorre, o que deve ser feito para expandir o mercado de crowdfunding no Brasil. Os realizadores: qual a idade deles, principais aspectos de uma campanha de financiamento coletivo e dicas de uma boa campanha.

Acesse o estudo na íntegra clicando aqui.