Morte prematura de jovens reduz expectativa de vida e custa milhões à sociedade

Jovens homens entre 15 e 29 anos são as maiores vítimas da violência no país. Estudo realizado pelo Ipea mostra que a morte prematura dos jovens custa à sociedade R$ 79 milhões por ano em bem estar social e vêm diminuindo a expectativa de vida em mais de dois anos em alguns estados.

A violência vêm provocando a redução da expectativa de vida em até dois anos em alguns estados e fazendo do Brasil um dos países mais violentos do mundo. Milhares de jovens morrem violentamente no país a cada ano e as vítimas estão cada vez mais jovens, tem entre 15 e 29 anos. Esse jovem é, em sua maioria, homem, pardo, com 4 a 7 anos de estudo, mortos em vias públicas por armas. As informações foram reveladas em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta sexta-feira (12/07).

O estudo foi apresentado durante o seminário Juventude e Risco: Perdas e Ganhos Sociais na Crista da População Jovem, promovido pelo Ipea e SAE, em parceria com o Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento Internacional (IDRC, Canadá) e o Centro de Estudios Distributivos Laborales y Sociales (Cedlas), da Argentina.

Os cálculos mostram que as mortes violentas de jovens causam perda de bem-estar social equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Considerando que esses jovens estão em idade produtiva e gerando renda, a estimativa é que a sociedade desembolse meio milhão de reais por cada jovem que morre de forma violenta no Brasil. O custo total chega a R$ 79 bilhões por ano.

“A taxa de mortalidade é um custo de bem-estar social. É um custo em termos de dor, sofrimento, perda de produtividade, e representa um grande custo econômico também: R$ 79 bilhões é mais do que o orçamento das secretarias de Segurança e de Justiça ou Administração Penitenciária de todos os estados”, disse Daniel Cerqueira, diretor de Estado, Instituições e Democracia do Ipea.

Veja o estudo aqui