Evento aborda transformação de investimentos em benefícios aos negócios sociais

Nos dias 17 e 18 de outubro, o 5º Fórum Mundial de Negócios Sociais reuniu 30 países na capital fluminense com o intuito de debater possibilidades de os investimentos, para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, se tornarem oportunidades a micro e pequenas empresas.

A seleção da capital do Estado para sediar os dois grandes eventos esportivos dos próximos anos – Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – trouxe uma série de oportunidades sobretudo para as micro e pequenas empresas. Nos dias 17 e 18 de outubro representantes de 30 países participaram do 5º Fórum Mundial de Negócios Sociais (SEWF, sigla em inglês para Social Enterprises World Forum). O objetivo foi pensar em medidas de estímulo para que as oportunidades que podem atingir, segundo o Ministério do Turismo, R$ 180 milhões só até 2014, cheguem aos pequenos empreendimentos. 

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apresentou o Programa Sebrae 2014, para que os pequenos negócios possam aproveitar os efeitos positivos da Copa do Mundo. De acordo com o coordenador nacional do programa, Dival Schmidt, a estratégia consiste em quatro pontos: aproximar as micro e pequenas empresas (MPE) e os microempreendedores individuais (MEI) das oportunidades de negócios; agregar a esse segmento inovação, melhoria na gestão e acesso a mercados; buscar articulação com parceiros públicos e privados; e atuar no ambiente legal e de marcos regulatórios. 

Em dois anos de existência de programa, foram beneficiados aproximadamente 7,5 mil empreendedores, dos quais 70% eram formados por MPE e MEI. O coordenador acredita que existem possibilidades reais na agricultura familiar, no turismo e no artesanato.

Schmidt mencionou outras iniciativas de sucesso do programa, como a criação do Portal Sebrae 2014, que dá visibilidade às oportunidades, e possibilita o agrupamento de empresas de diferentes perfis que já estão sendo beneficiadas e, inclusive, realizam negócios entre si. “Esse modelo deverá ser replicado nos Jogos Olímpicos”. 

Representantes de organizações do Reino Unido que fazem a ponte entre as grandes corporações e os negócios sociais – modelo que tem entre suas características gerar benefícios para a comunidade - contaram a experiência recente que tiveram com os Jogos Olímpicos de Londres. Eles falaram, ainda, do desconhecimento que o empresariado tem sobre negócio social, relataram as dificuldades no fornecimento de produtos e serviços em grandes eventos. Além disso, registraram as conquistas importantes, como a inclusão de cláusulas que preveem recursos para a capacitação de jovens e para a recuperação de áreas urbanas degradadas.