Estudo da Firjan mostra que Construção Civil foi o que mais gerou empregos no 1º semestre

Durante os seis primeiros meses de 2012, o Rio de Janeiro teve queda na geração de empregos em todos os setores. O setor da Construção Civil, no entanto, surpreendeu com os resultados mais positivos. Foram mais de 25 mil vagas formais geradas no estado.

O setor da Construção Civil foi o que criou mais vagas no 1º semestre no estado, além de ser o único a apresentar saldo superior em comparação com o mesmo período de 2011. De acordo com o estudo "Acompanhamento do Mercado Formal", divulgado recentemente pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), foram geradas 25.833 vagas formais.

O crescimento neste setor é resultado das obras em andamento, como a implantação do Complexo do Açu, do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), do Arco Metropolitano, as expansões do Porto de Açu, das obras do BRT e do metrô.

O número de postos de trabalho, porém, foi reduzido a 65.919 nos primeiros seis meses, um número 25% inferior ao deste período em 2011 (87.998). No cenário nacional a redução foi de 32% nesta comparação com o ano passado (geração de 858.334 empregos em 2012 contra 1.265.250, em 2011).

Segundo o estudo, o setor de serviços continua a ser o principal gerador de empregos no Rio de Janeiro, com 38.093 postos de trabalho, apresentou queda no número de contratações com um resultado abaixo da média dos últimos seis anos (40.800).

No que se refere à Indústria fluminense de Transformação, neste ano foram gerados 7.552 postos de trabalho, sendo que, em 2011, o primeiro semestre formou 8.663 no mesmo intervalo de tempo. O quadro não ficou inferior apenas em comparação ao ano de 2009, quando a economia do estado e do país sofreram grandes impactos da crise mundial.

Entre janeiro e março, o setor industrial teve resultados similares ao desse período em 2011, porém o declínio na criação de empregos no 2º semestre teve significativa influência no desempenho geral dos primeiros seis meses deste ano.

Baixada gerou mais de 12 mil empregos

Os números na Baixada Fluminense foram os mais animadores, em relação às demais regiões fluminenses. No primeiro semestre houve aumento de 15% em relação ao ano passado. Eram 10.412 empregos e agora são 12.069 novas vagas.

A Construção Civil, também na Baixada, foi a que apresentou os maiores avanços, com a criação de 6.669 postos formais de emprego. O desempenho foi 57% maior do que o de 2011. Foram 4.159 empregos em Queimados – nas obras para geração e distribuição de energia elétrica e telecomunicações – e 1.487 em Itaguaí  –  nas obras para expansão do porto.

Outro setor que ganhou crescimento destaque na Baixada Fluminense foi a Indústria de Transformação, com 1.603 novos postos – quatro vezes superior aos primeiros seis meses de 2011, que registrou criação de 396 postos. É um resultado concentrado na geração de empregos dos setores de alimentos e bebidas, com 2.110 novas vagas. A maior parte desse impulsionamento se deve aos serviços de comida preparada de Duque de Caxias, com aumento de 2.141 empregos.

O setor metalúrgico gerou 357 novos postos e foi responsável por 324 importantes contratações em Itaguaí. O resultado para as demais áreas industriais foram inferiores aos de 2011, tendo, em alguns, até extinção de postos de trabalho formal: mecânica; material elétrico; material de transporte; borracha; química; e vestuário.