Povo consciente produz menos lixo

O destino dos resíduos sólidos é um fator cada vez mais preocupante para os setores governamentais. No Rio, há previsão de fechamento de todos os lixões até 2014. Mas a mudança no tratamento do lixo logo dependerá também de um trabalho de conscientização da sociedade.

O despejo do lixo não é problema fácil de resolver. O Estado propõe ações, mas a responsabilidade de coleta e despejo é dos municípios. Alguns já têm até estação de triagem, mas muitos ainda usam o velho e condenado lixão.

O governo do estado do Rio de Janeiro promete fechar todos os lixões até 2014, e recuperar os terrenos onde eles estão localizados até 2016.  

Dede 2008, a proposta do governo é administrar o tratamento dos resíduos sólidos por região. E para isso estão previstas a criação de oito consórcios até 2014, porém apenas quatro estão em atividade até agora, são eles: o Centrosul Fluminense, o Serrana II, Lagos I, e Noroeste Fluminense. Os outros quatro que ainda estão em processo de evolução são: Vale do Café, Serrana I, Sul Fluminense II e Baixada Fluminense.

O Estado também trabalha com arranjos regionais, como o Metropolitana Leste, que utiliza o aterro de Itaboraí para destinar o lixo de Niterói, Cachoeira de Macacu, Tanguá, Itaboraí, e em breve deve receber o de Maricá.

Com o fechamento do aterro de Gramacho, o lixo do município do Rio passou a ser levado para o aterro sanitário de Seropédica, que também recebe o de Itaguaí, Caxias, São João de Meriti, Queimados e também de Seropédica, claro. 

As cidades que mandam o lixo para aterros sanitários recebem o ICMS ecológico. E as que sediam o aterro sanitário recebem uma cota ainda maior do imposto.

Com essa nova realidade dos aterros funcionando, os municípios vão precisar, mais cedo ou mais tarde, investir em programas de coleta seletiva, porque é a única forma de diminuir as despesas com a destinação final dos resíduos, uma vez que o pagamento é feito por pesagem. E a taxa de manejo de resíduos vai pesar nos cofres de quem  não separar e reaproveitar o seu lixo. E para que essa seleção seja feita, os governantes vão ter que dedicar boa parte das verbas destinadas à redução de resíduos para a educação e conscientização do povo. Caso contrário, todo o dinheiro e trabalho vai acabar no lixo.