Há mais de 20 anos residindo no Brasil, o americano Steve Solot é hoje um importante profissional do setor audiovisual no país. Em 2008 fundou o Centro Latino-Americano de Treinamento e Assessoria Audiovisual (LATC, na sigla em inglês), com sede no Rio de Janeiro, que oferece treinamento e consultoria a produtores audiovisuais. Solot é também presidente da Rio Film Comission, da Secretaria de Estado de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e presidente do comitê de Propriedade Intelectual da Câmara de Comércio Americana do Rio.
Aos 60 anos de idade, Solot se prepara para o lançamento do seu livro "The Brazilian Audiovisual Industry: An Explosion of Creativity and Opportunities for Partnerships" no dia 14 de agosto, às 17h, na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Centro do Rio. No Brasil, o livro estará à venda nos sites das livrarias Saraiva, Gato Sabido e Cultura. Nos Estados Unidos e na Europa, a partir de setembro, será possível comprar a obra no site amazon.com. Nesta entrevista, Steve Solot fala sobre a obra e afirma que o momento pelo qual o Brasil passa torna favorável o desenvolvimento do audiovisual em todas as regiões do país.
O que o inspirou a trabalhar nesta obra?
O momento que o Brasil vive, de forte crescimento no que se refere à indústria audiovisual. Hoje, o mercado de telecomunicações vem atraindo investimentos em todas as regiões do país.
Qual é o objetivo da obra?
Aproveitar a conjuntura atual no qual o Brasil, e o Rio em particular, são um foco de atenção global tão positiva. Essa coletânea de artigos escritos por profissionais renomados da indústria audiovisual brasileira oferece aos investidores, produtores e outros interessados estrangeiros, um verdadeiro mapeamento de cada segmento do vibrante setor para desenvolver parcerias e contribuir para a sua expansão.
Como foi o processo de elaboração do livro e a escolha dos temas dos artigos?
Os temas foram escolhidos junto com os autores para apresentar um panorama completo da indústria audiovisual brasileira, cobrindo cada segmento: produção, distribuição, exibição, televisão aberta, televisão paga, fundos de financiamento e o marco regulatório.
Quem são os autores escolhidos?
Vários profissionais do setor audiovisual colaboraram com na obra, que está dividida em cinco seções. Entre eles estão o diretor presidente da Ancine, Manoel Rangel; Ana Paula Santana, do Ministério da Cultura; Sérgio Sá Leitão, da RioFilme; o sócio da Nossa Distribuidora, Marco Aurélio Marcondes; Sandi Adamiu, da Paris Filmes; o diretor-executivo da Globo Filmes, Carlos Eduardo Rodrigues; Luciane Gorgulho, do BNDES; e o presidente da ABPITV (Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão), Marco Altberg.
Em termos de aprendizado, qual foi um dos mais importantes ganhos pessoais na elaboração deste livro?
O ganho pessoal mais importante é poder contribuir para o desenvolvimento da indústria brasileira audiovisual. Eu acredito no potencial da indústria brasileira, por isso me dediquei à obra que possibilite mobilizar outras pessoas a formarem parcerias em prol do crescimento e dos investimentos no setor.
Na sua opinião, quais são os principais desafios da indústria audiovisual no Brasil?
Desenvolver um novo modelo de negócios para consolidar a indústria e aproveitar melhor as novas tecnologias.