Deputados defendem participação do interior em eventos esportivos

O seminário "O Papel do Legislativo no legado dos mega eventos esportivos de 2014-2016", o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), defendeu que os Jogos Olímpicos de 2016 não devem ficar restritos à capital fluminense.

No discurso de abertura do seminário "O Papel do Legislativo no legado dos mega eventos esportivos de 2014-2016", organizado pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, em parceria com a Comissão Especial do Legado dos Mega Eventos Esportivos de 2011, 2014 e 2016, da ALERJ, presidida pelo deputado Nilton Salomão (PT), o O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), defendeu que os Jogos Olímpicos de 2016 não devem ficar restritos à capital fluminense. O parlamentar lembrou que o município de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos, por exemplo, possui a melhor raia para competições à vela no mundo. 

“São dois megaeventos que vão influenciar as atividades econômicas do estado. Vamos precisar do esforço de todos. Temos que saber onde podemos ajudar e onde podemos ser ajudados, o que vai sobrar para a Região Metropolitana do Rio e o que podemos oferecer. Não se trata só da cidade do Rio de Janeiro. Temos que buscar levar os jogos para outras cidades. A melhor raia de vela do mundo fica em Búzios e isso quem diz é a Associação Mundial de Vela. Temos uma lagoa fantástica em Araruama. São inúmeros atrativos. Essa cumplicidade se faz necessária para ter sucesso e para credenciar o Brasil na busca por novos eventos. Vamos acabar de vez com a história de que países que não são do primeiro mundo não conseguem realizar eventos assim”, comentou Melo.

O presidente da Comissão Especial do Legado também acredita que o interior deve servir aos jogos olímpicos. “Claro que a imagem maior que o mundo todo vai receber será da cidade do Rio de Janeiro, mas entendemos que outras cidades que também têm potencial devem estar integradas. Várias cidades já estão inscritas para fazerem aclimatação para a Copa e para as Olimpíadas”, disse. O presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, fez coro com os parlamentares: “Aqui não vai ser como Londres, onde tudo estava concentrado em uma única área. Teremos várias áreas de atuação. Temos que ter mobilidade para turistas, imprensa, atletas, atletas paraolímpicos, juízes, animais e equipamentos que virão do exterior. Temos que fazer uma olimpíada sem alterar a vida da cidade”, disse Fortes.

Ele lembrou que o País tem que se preocupar com as obras de infraestrutura, mas também precisa investir na conquista de medalhas, na formação de novos atletas e nos programas de incentivo aos desportistas de ponta. “Para 2016, estamos pensando nas obras e nas melhorias do Rio, mas quero medalhas. E ganhá-las passa por investimentos em infraestrutura e pelos programas de incentivo. Em 2020, teremos muito mais atletas de ponta devido aos trabalhos que estamos fazendo para 2016”, ressaltou Fortes.

Impacto de R$ 57,2 bilhões

O subsecretário de Estado de Esportes do Rio de Janeiro, Nilo Sérgio, afirmou que, somente com a Copa de 2014, a economia brasileira sofrerá um impacto de R$ 57,2 bilhões. “Além dos cerca de 12 milhões de empregos diretos e indiretos entre 2010 e 2014, haverá um impacto econômico de R$ 57,2 bilhões em razão somente da Copa de 14. Serão benefícios na construção civil (R$ 8,14 bilhões), em serviços prestados às empresas (R$ 6,5 bi), em serviços imobiliários e aluguel (R$ 4,4 bi) e no comércio (R$ 3,7 bi)”, comentou Sérgio, que, como exemplo de sucesso, trouxe informações sobre as competições da Alemanha e da África do Sul.

No país europeu, em 2006, foram 3 milhões de espectadores, em 12 estádios, 18 milhões de espectadores nas festas oficiais, em 12 sedes, 500 estações de TV transmitido os jogos, 4.250 jornalistas, 1.200 fotógrafos, 13.400 profissionais de TV e rádio, 240 países e 4,2 bilhões de acessos no site do evento. Já na África do Sul, em 2010, foram US$ 3,1 bilhões em patrocínio e direitos de transmissão, com retorno para o Governo local de US$ 1,2 bilhões, arrecadados em taxas governamentais, 350 mil visitantes gastando US$ 1,6 bilhões e uma estimativa de 130 mil empregos criados até 2010. “Os nossos desafios são consolidar o estado como o principal destino mundial do esporte, dando visibilidade internacional, infraestrutura completa, calendário de eventos sustentáveis, além de fazer o poder público e a iniciativa privada estarem comprometidos com o esporte”, frisou o subsecretário.

Durante o seminário, o deputado Nilton Salomão reclamou das ausências dos representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e garantiu faltar diálogo entre essas entidades e o Governo. Participaram também do evento desta sexta-feira os deputados Enfermeira Rejane (PC do B)Bebeto (PDT)Aspásia Camargo (PV)Paulo Ramos (PDT) e Luiz Paulo (PSDB); o secretário municipal d esportes do Rio, Romário Galvão; a vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), do Rio; a chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Rio, Marisa Pignataro; a coordenadora do Projeto Jogos Limpos, do Instituto Ethos no Estado do Rio, Rita Lamy Freund; e Cláudio Poty, representante da Empresa Olímpica Municipal do Rio de Janeiro.

(com Comunicação Social da ALERJ)

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