A inclusão de aulas sobre empreendedorismo nas escolas de ensino básico, médio e superior foi defendida durante o debate "Educação e Empreendedorismo", promovido pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (19/05), durante o projeto “Cadernos do Fórum", que será realizado até sexta-feira (21/05). Saiba mais.
A inclusão de aulas sobre empreendedorismo nas escolas de ensino básico, médio e superior foi defendida durante o debate "Educação e Empreendedorismo", promovido pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (19/05), durante o projeto “Cadernos do Fórum", que será realizado até sexta-feira (21/05), sempre das 9h às 13h30, no Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (Crab), na Praça Tiradentes 71, Centro do Rio. O ensino do empreendedorismo foi considerado, pelos palestrantes, essencial para a mudança da formação profissional e o melhor preparo para o mercado. De acordo com o presidente da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro (Redetec), Paulo Alcântara Gomes, o Brasil possui 19 milhões de empreendedores e é o segundo maior País do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) em empreendedorismo. “Precisamos incluir esta tendência não só através das grades curriculares como também pelo ensino como um todo, modificando a cultura, como esta evolução exige”, frisou Gomes. O Fórum foi criado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
O presidente da Redetec ressaltou ainda a importância de incentivar atividades práticas no desenvolvimento do currículo, principalmente nas escolas de ensino superior, como existe, por exemplo, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO), através das incubadoras e suas empresas júnior. "Precisamos pensar o empreendedorismo aliado à inovação e ao conhecimento, porque esta relação precisa ser equilibrada, sendo todos os lados igualmente trabalhados. Mas para isto é preciso uma profunda mudança na questão educacional. A população tem muita dificuldade em aceitar as atividades inovadoras, até mesmo o Governo, e a mudança precisa atingir até mesmo os professores”, explicou. Gerente de Educação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio de Janeiro (Senac), Wilma Freitas acrescentou que a questão da metodologia precisa deixar de ser a transmissão de conteúdo. “Os professores têm que entender que não se pode mais apenas passar conhecimento, mas ensinar os alunos a aprender", sublinhou.
Superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae), Sérgio Malta destacou a grande oportunidade que o mercado apresenta, atualmente, para as pessoas que possuem características empreendedoras, e como este investimento pode colaborar com o País. "O Brasil está vivendo uma era de grande prosperidade, onde os empreendedores terão um papel muito importante até mesmo para vencermos a injustiça social. Quanto maior for a participação destes agentes, menor será esta injustiça. As pequenas empresas respondem, em boa parte, pela riqueza nacional e pela distribuição da mesma. A própria Alerj contribui muito para isso, com projetos, leis sancionadas e frentes parlamentares", reconheceu. "É claro que nem todo mundo nasceu para ser empresário e empreendedor, mas acho que quem tem as qualidades deve procurar o Sebrae ou alguma entidade ligada ao assunto na cidade onde mora, porque o momento para utilizar esta aptidão é agora", sugeriu Malta.
Os debates vão gerar cinco edições dos Cadernos do Fórum. As publicações reunirão, numa espécie de cartilha, os resultados das reuniões. O projeto é composto por cinco dias de encontros de especialistas, em formato de talk show interativo, com mediação da secretária Geral do Fórum, Geiza Rocha, durante o qual debatedores e plateia trocam informações e sugestões sobre temas estratégicos que apontem para o desenvolvimento do estado. Cada um destes encontros ainda dará origem a cinco edições especiais do Rio em Foco, programa semanal do fórum exibido na TV Alerj.
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