11/11/2025

Instituto Rio Metrópole apresenta Plano de Mobilidade Metropolitana para a Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística

Os membros da Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística conheceram nesta terça-feira (11/11) detalhes do Plano de Mobilidade Metropolitana (PNMU), apresentado pelo assessor especial de Mobilidade Urbana do Instituto Rio Metrópole (IRM) Jorge Cunha. O engenheiro explicou que o documento foi desenvolvido em atendimento à Lei 12.587/2012, que institui as Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana e exige que todo município com mais de 20 mil habitantes tenha um plano de mobilidade.

Entre as diretrizes do PNMU estão o transporte coletivo, ativo, individual, motor, logística urbana, uso e ocupação do solo, sustentabilidade, segurança viária, recursos e investimentos.

“Fizemos um Plano Metropolitano de Mobilidade que continha a elaboração ou a revisão dos planos municipais. Dos 22 municípios, sete tinham planos de mobilidade e dois estavam muito bons e cinco bem ruins. Então, fizemos a revisão desses setes, e fizemos as diretrizes para elaboração dos outros 22 planos. Alguns municípios ficaram tão bons que são praticamente o plano do municipal. Já encaminhamos paras as prefeituras e temos recebido muita demanda municipal para tirar dúvidas, etc. e tal. Basta uma atualização dessas diretrizes para que eles tenham o plano de mobilidade deles prontos” afirmou Cunha.

Ao mencionar as principais dificuldades na elaboração do Plano, Jorge destacou principalmente a falta de articulação em âmbito metropolitano e pouco investimento e pouco investimento em infraestrutura e logística.

“Ninguém fala com ninguém. As entidades não têm ligação entre si, uma desarticulação enorme entre os órgãos de planejamento, de gestão e de operação, também pouca capacidade de investimento e ninguém preocupado com as questões relativas à resiliência climática, segurança pública, acessibilidade e o uso lindeiro do solo. Esse uso do solo é muito importante para a manutenção das operações dos transportes de alta demanda, alto fluxo, porque as pessoas saem do subúrbio para a cidade do Rio de Janeiro de manhã e voltam à tarde, sem dar uma ocupação ao longo do dia para esse sistema de transporte. Sendo assim, esse sistema sempre vai apresentar problemas”, observou.

Segundo ele, foram confeccionados 31 relatórios com diretrizes para elaboração ou revisão dos planos municipais, um para cada município, além do plano de mobilidade metropolitano e um sumário executivo do plano, totalizado 10.248 páginas com mais de 1 GB de informação. Em seguida, apresentou os principais projetos estruturantes de interesse metropolitano priorizados conforme o critério AHP (Processo de Hierarquia Analítica), divididos por trilhos, rodoviário e individual.

De acordo com Cunha, dos 14 projetos estruturantes do portfólio, cinco foram integralmente incluídos no Estudo Nacional de Mobilidade Urbana do BNDES (ENMU). São eles a requalificação do Sistema de Trens Urbanos; a conclusão da Linha 4 do Metrô; a ligação metroviária entre Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e extinta Linha 2; eixo de VLT Pavuna-Belford Roxo; e ligação de BRT TransBaixada.

“Temos tido reuniões frequentes com o BNDES. Eles pegaram o nosso plano e o estudaram profundamente, priorizaram esses cinco itens e colocaram mais dois - a ligação metroviária entre a estação Uruguai e Cidade Universitária - só que eles consideraram entre Uruguai e Del Castilho, o que nós não concordamos. E na ligação São Gonçalo, que nós consideramos uma faixa de BRS, que é muito mais barato, mais simples e mais rápido fazer, eles consideraram colocar BRT nesse trecho e os estudos e simulações feitas não indicam essa necessidade”, pontuou.

Ao final do encontro, Cunha disponibilizou o endereço eletrônico para acessar o PNMU na íntegra, assim como todos os planos municipais elaborados: www.rj.gov.br/irm/planmob

Veja a reunião no Canal do Fórum da Alerj no Youtube
TAGS: