11/11/2025

Fórum da Alerj discute o futuro da Educação Profissional e Tecnológica no estado

Nesta terça-feira (11/11), os membros da Câmara Setorial de Formação Profissional e Educação Tecnológica debateram os desafios e propostas para a educação profissional e tecnológica no estado do Rio de Janeiro. Durante o encontro, o gerente de Educação Profissional do Senai no Rio de Janeiro, Edson Melo, e o professor do Cefet-RJ, Heitor Mendes, dividiram algumas reflexões provenientes da audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizada no dia 06 de novembro, e que teve como tema “Capacitação Profissional e Empregabilidade: Caminhos para o Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro”.

Na ocasião, foi debatido o Projeto de Lei nº 5.242/25, de autoria do deputado Vinicius Cozzolino (União), que cria o Programa de Capacitação Profissional e de Empregabilidade voltado para os setores estratégicos da economia fluminense, como petróleo e gás, economia do mar, saúde, infraestrutura e logística, economia verde, economia criativa e turismo. (Clique aqui para acessar a notícia completa sobre a Audiência Pública)

Entre as ações sugeridas estão a necessidade de associar o programa estadual à Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (PNPE) para garantir a coerência estratégica, além da criação de um aplicativo ou sistema estadual que associe a demanda de vagas das empresas ao perfil dos candidatos e à oferta de cursos das entidades de educação. Os dados que embasaram essas propostas são do Mapa do Emprego da Indústria no Rio de Janeiro de 2025 a 2027, do Observatório da CNI. O estudo indica a necessidade alarmante de uma demanda de formação profissional de 909,7 mil pessoas, sendo 150,6 mil por formação inicial (pessoas que não têm nenhuma formação), e 759,1 mil de pessoas que precisam de qualificação.

“Sugeri que fizessem um link com o PNPE porque percebemos que eles não tinham conhecimento dessa legislação, recém-implantada, já que é de agosto. Estamos fazendo um programa do Rio que precisa estar associado à política federal. A outra sugestão foi criação de um aplicativo ou sistema para juntar e estruturar a demanda de vagas nas empresas, com a oferta de qualificação pelas instituições para quem precisa se qualificar foi a que mais reverberou”, detalhou Edson.

Para solucionar parte do problema de formação e inserção, o professor Heitor Mendes propôs três pilares para incentivar a adesão e sucesso nos cursos técnicos subsequentes.

"Temos que garantir a permanência via bolsas e, em seguida, subsidiar a inserção desses técnicos nas pequenas e médias empresas para virarmos o jogo na economia”, frisou.

Segundo Edson, a presença de membros da Câmara Setorial de Formação Profissional e Educação Tecnológica na Audiência Pública foi bastante importante e produtiva.

“Acho que a gente fez um gol de estar lá participando da audiência pública, e a gente precisa aqui, como Câmara, acompanhar de perto o desenrolar desse PL. A gente também se colocou à disposição para socializar estudos e participar de debates internos que ocorram”, frisou Edson.

Para os próximos encontros, o diretor do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro (TI Rio), Paulo Milet, propôs apresentar duas pesquisas realizadas pela instituição em parceria com a PUC, Softex e RioSoft. A primeira focada no mercado de Tecnologia da Informação (TI), seus problemas e tendências, enquanto a segunda detalhou o setor de Recursos Humanos de TI, com um mapa detalhado com faixas salariais, tipos de cargos e modelos de trabalho para mapear o déficit e as tendências do mercado de TI.

Veja a reunião na íntegra acessando o canal do Fórum da Alerj no Youtube
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