09/10/2025
Os membros da Câmara de Infraestrutura e Logística se reuniram nesta quinta-feira (09/10) para debater temas que devem estar na agenda de trabalho do grupo para o próximo ano. Entre as pautas mencionadas, estão a concessão das barcas, a integração intermodal, a Linha 3 do metrô e a Ferrovia EF-118.
O representante da SEARJ, Luís Roberto Silva, trouxe a sugestão de abordar a nova concessão das barcas para saber como está o fluxo de passageiros. Ele lembrou que o preço das passagens sofreu uma grande redução, mas que a falta de integração com os ônibus pode estar afetando o volume de usuários.
“As barcas foram muito impactadas pela derrubada da Perimetral. Todos os pontos de ônibus que existiam na Praça XV, saíram dali. Havia um ponto final no local, o mergulhão acabou e muita gente que pegava as barcas ficou sem conexão de transporte quando chega na Praça XV. Isso foi um desestímulo ao uso das barcas. Só restou o VLT para sair das barcas, já que os pontos de ônibus foram transferidos para a Presidente Vargas”, mencionou Luís Roberto.
A representante da UERJ, Désirée Freire, sugeriu a criação de um hub entre modais na Praça XV como opção para solucionar a questão.
“Acho a Praça XV em termos de mobilidade na região metropolitana é extremamente importante, porque você tem lá em Niterói todo uma convergência de linhas de ônibus em direção à aquela área do Centro. Acredito que se conseguir fazer uma interligação para perto do metrô da carioca ou então perto de algum lugar que tenha vários pontos de ônibus como tem, por exemplo, no metrô ali no Leblon-Lagoa, onde você tem um túnel com esteiras, acho que pode ser uma opção que não seja tão cara, para melhorar esse local importante, como se fosse um hub de modais”, citou.
Ela também trouxe a questão da Ferrovia EF-118, que foi apresentada por Delmo Pinho no primeiro semestre na Câmara, mas que não houve sequência com debates a ações sugeridas pelo grupo e disse que a universidade pode contribuir com o tema com os estudos e levantamento de dados.
“Não é verdade que a ferrovia é fator de industrialização, ela é fator de oportunidade. A ferrovia está ali para transportar cargas que sejam viáveis. Para criar uma ferrovia nova, tem que ter carga de peso a média e longa distância. Para uma ferrovia que já está pronta, que o custo de implantação já foi pago, você vai miscigenar um pouco de carga, de contêiner e outras coisas. Agora, só isso não segura conta. Então é esperar que o governo federal faça o que prometeu e lance o edital da ferrovia. Não vai ser fácil essa empreitada”, frisou Delmo.
Para o próximo encontro do grupo em novembro, A Câmara conhecerá a minuta de projeto de lei elaborada ao longo do semestre pelos representantes da Firjan, Diogo Martins, da Fetranscarga, Sergio Viana, e da Seaerj, Luis Roberto Silva. O documento sugere a criação de meios para a captação de recursos a serem investidos em infraestrutura e logística.