Nesta terça-feira (23/09), a Câmara Setorial de Agronegócios alinhou as pautas que serão abordadas nos próximos meses. Entre os assuntos citados, ficou definido que o próximo, no dia 07 de outubro, encontro terá como tema o turismo rural e como o produtor pode aproveitar essa oportunidade para desenvolver o seu negócio no campo com uma apresentação da coordenadora pedagógica do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Raquel Lima.
A diretora especial do SESCON-RJ, Dinoâ Souza, destacou que, muitas vezes, o turismo rural não é reconhecido como atividade rural, gerando impasses tributários.
“Seria também uma oportunidade de falar dos entraves, já que o turismo rural não é considerado atividade rural e eles estão com problema na tributação. Além disso, a última publicação que o governo fez sobre o turismo rural, com as últimas orientações, foi 2010. Quer dizer, está bem desatualizado, tem que realmente chegar próximo, já que é muito importante para o agronegócio”, pontuou
O assessor da presidência da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexis Japiassu relacionou o turismo rural à produção de alimentos, destacando sua importância para a hotelaria e restaurantes, que importam 97% dos alimentos consumidos.
"A apresentação do turismo rural é um grande impulso porque puxa os negócios na área rural. Então, a minha pauta aqui é a alimentação, produção de alimentos para os restaurantes. Por exemplo, os selos de inspeção são um problema e eu não posso levar um produto de Friburgo para o município do Rio de Janeiro, só com o SIM. Isso tem precisa ser facilitado para que a gente possa fazer essa indústria do agronegócio e evoluir aqui no Rio de Janeiro”, frisou.
Outra sugestão trazida durante o encontro foi a pauta da vinicultura. Segundo o consultor setorial da FIRJAN, Fabrinni Santos, o tópico pode ser abordado e trabalhado em conjunto com o Senar. Para ele, a integração entre o turismo rural e a produção de alimentos surge como uma oportunidade de fortalecimento dos setores.
“A Alerj tem dois projetos de lei que estão diretamente ligados tanto à questão do agronegócio como à questão do turismo rural. Um deles decreta a indicação geográfica na modalidade denominação de origem da Serra do Rio para as vinícolas e temos vários municípios com interesse turístico nesse setor. O outro PL decreta Teresópolis como a capital estadual do vinho. Então, também dentro dessa questão do turismo rural que a Raquel vai abordar, seria interessante trazer a vinicultura do estado do Rio de Janeiro”, sugeriu.