Turismo Rural é tema de apresentação no Fórum

“Queremos que o produtor rural pense no turismo como mais uma atividade que ele pode agregar a que ele já faz. Ele não vai deixar de ser produtor rural, mas ele tem nesse produto a possibilidade de desenvolver o turismo. Não adianta ter uma propriedade maravilhosa se ele não tem todo um conjunto atividades, de demais atores para que o turismo rural aconteça”, explicou Raquel.

O programa de turismo rural do Senar tem uma proposta híbrida, 70% EAD e 30% presencial visando fazer o produtor rural ingressar nesse mercado promissor, diversificando suas atividades. O EAD tem 75h de estudo, divididos em cinco módulos: oportunidade de negócios. As capacitações incluem o relacionamento com o cliente; o planejamento de circuito turístico rural; a comercialização de produtos turísticos e o planejamento de empreendimentos turísticos.

“A gente chega na sala de aula, numa propriedade e começa a pensar quais são as possibilidades daquele lugar ingressar no turismo. Muitas vezes é a disponibilidade de um açude, a possibilidade de uma visita a uma ordenha ou uma mata preservada que pode ser trabalhada como trilha, tem também aquela comida que a dona de casa faz e é referência no município, e ela pode trabalhar com isso. Então, a gente pensa desde o relacionamento com o cliente ao planejamento do circuito turístico, com o Sebrae de parceiro, desenvolvendo o processo de comercialização de produtos turísticos e o planejamento de empreendimento turístico, que tem um consultor que vai que acompanha o produtor em todo o processo de plano de negócio para que ele possa atuar no turismo”, detalhou.

APP Caminho da Roça

Umas das novidades desenvolvidas pelo SENAR para o turismo rural é o aplicativo gratuito Caminho da Roça, que tem o intuito de conectar turistas a propriedades rurais e estabelecimentos de produtos artesanais no interior do estado do Rio de Janeiro. Nele é possível descobrir e planejar experiências autênticas, encontrar hospedagens, trilhas, comprar produtos artesanais e ter contato com a cultura do interior.

“A ideia do aplicativo é ser uma grande vitrine. Ele é uma ferramenta de geolocalização muito simples. Você vai colocar que quer conhecer, ver uma agroindústria, tomar uma boa pinga em Teresópolis, por exemplo. Aí vão aparecer imagens, o Instagram, o WhatsApp. A gente tem uma realidade em que a maioria das atividades turísticas trabalha com agendamentos”, contou Raquel.

Segundo Raquel, no momento o SENAR vem trabalhando com a área gastronômica para incluir essas informações no Caminho da Roça, que está aberto para as contribuições dos membros da Câmara e parcerias.

“Apesar de ser uma iniciativa do SENAR, esse aplicativo não é nosso. A ideia é que todas as instituições ligadas ao turismo, que é a base, além das outras atividades que com certeza vão se desenvolver nesse processo, estão convidadas a fazer parte dele”, finalizou.