Os setores de cultura, turismo e esportes juntos respondem por mais de 14% do PIB do estado. Em tempos de crise, eles podem contribuir para alavancar a economia fluminense por meio da geração de emprego e renda, além de promover o desenvolvimento regional. Por este motivo o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio, em parceria com o Departamento de Geografia da Uerj estão trabalhando juntos na criação de um banco de dados que contenha informações sobre os eventos mapeados nos 92 municípios do estado. O levantamento preliminar foi apresentado nesta quarta durante a reunião da Câmara Setorial de Cultura, Turismo e Esportes, na Alerj, e recebeu contribuições de gestores públicos municipais e estaduais, além de representantes das instituições presentes ao encontro.
“Com esses dados pretendemos construir um site ou aplicativo, que possa ser alimentado pelos municípios, e efetuar ampla divulgação desses eventos”, explicou o professor Glaucio Marafon, do Departamento de Geografia da Uerj, que lidera o projeto.
O levantamento foi produzido por alunos do curso semipresencial de Geografia dos polos do Cederj. Segundo Marafon, os pesquisadores enfrentaram nesta primeira fase dificuldades na obtenção dos dados na Região Metropolitana, onde oito municípios ainda não tiveram seus eventos mapeados. “Após concluir o levantamento, vamos nos reunir também com os gestores municipais para que eles validem a pesquisa e façam suas contribuições”, afirmou. Acesse a apresentação do Núcleo de Estudos de Geografia Fluminense aqui.
A pesquisa dá continuidade ao Caderno de Turismo do Estado do Rio, primeira publicação da trilogia lançada pelo Fórum com o objetivo de servir como ferramentas para os gestores públicos nas tomadas de decisão.
Durante o encontro, o vice-presidente da Riotur, Lúcio Macedo, apresentou o portal Rio de Janeiro a Janeiro, uma iniciativa dos governos estadual, federal e municipal, com metodologia desenvolvida pela Fundação Getulio Vargas, que avalia e certifica por meio de indicadores o potencial de impacto financeiro dos eventos realizados no estado.
“O Rio de Janeiro é um celeiro da indústria criativa, que é uma das vocações e uma das soluções para o estado. Esse calendário proposto pela Uerj traz uma perspectiva de futuro. Hoje, a cada dez empregos no mundo, um é na área de turismo. É um setor que tem tirado países como Portugal e Grécia da crise e o Rio de Janeiro precisa se apropriar disso. A atração de grandes eventos é uma das saídas”, disse Macedo que também destacou o impacto do turismo em 52 setores da economia.
Participaram da reunião o presidente da Federação dos Convention Bureaux, Marco Navega, que convidou os pesquisadores a dialogar com o trade turístico do interior do estado para aprofundar os dados colhidos, além de representantes da Rio Convention and Visitors Bureau, da OCB/Sescoop; da Seaerj, do Crea-RJ e da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico do Estado.
Confira a matéria veiculada na TV Alerj.