Mapa das instituições e laboratórios do estado é lançado em reunião do Fórum

O estado do Rio já possui uma plataforma de informações que reúne dados sobre laboratórios das universidades estaduais (UERJ, UEZO e UENF), os pólos de Educação à Distância do Cecierj, as escolas da Faetec e cursos oferecidos por unidade e a Faperj. O Mapeamento Estratégico de Informações do Estado do Rio de Janeiro (MaIne) é um aplicativo que permite o acesso aos produtos e serviços ofertados por diversas instituições fluminenses e seus laboratórios. Trata-se de uma vitrine das atividades desenvolvidas por esses entes para facilitar o estabelecimento de parcerias públicas ou também com o setor privado. O lançamento da ferramenta aconteceu nesta quarta (20/09), no auditório da Alerj, durante a reunião conjunta entre a Câmara de Tecnologia e o Grupo de Trabalho de Negócios Sociais do Fórum de Desenvolvimento do Rio.

“O objetivo do MaIne é tornar a estrutura do estado do Rio de Janeiro pública, com ampla divulgação de suas informações para contribuir com o desenvolvimento social e econômico do estado. Começamos o trabalho com um grupo piloto, composto pelas instituições vinculadas à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social num primeiro momento, para que, num futuro próximo, possamos incluir todas as demais nesse mapeamento. Acreditamos que parcerias são fundamentais e precisam ser estabelecidas seja com o setor produtivo ou governo. Precisamos mostrar quem nós somos com informações diretas e sem atravessadores”, explicou a professora Maria Isabel de Souza, Coordenadora Núcleo de Teleodontologia da Uerj.

O projeto foi desenvolvido pelo departamento de inovação da Uerj em parceria com a UENF, UEZO, Faetec, Faperj, Cecierj. “A colaboração das instituições foi muito importante porque serviu para que as próprias vinculadas à secretaria se conhecessem, o que já resultou em parcerias entre elas. O trabalho nos uniu por conta de similaridades de situação, sem fomento, sem salário e nos motivou a trabalhar em conjunto, em total irmandade”, completou Maria Isabel que apresentou o aplicativo junto com a professora Marinilza de Carvalho, diretora do Inovuerj. O MaIne traz os dados das instituições georreferenciados e delimitado por municípios, o portfólio classificado em 13 temas, além dos contatos para novos projetos e pode ser acessado pelo link: inovuerj.sr2.uerj.br/maine

“A UEZO é um centro universitário pequeno e desconhecido até mesmo pelo circuito industrial e pela população local de Campo Grande, onde se localiza. O MaIne é uma grande oportunidade para dar visibilidade ao nosso trabalho e para que possamos começar a desenvolver parcerias e prestar serviços”, afirmou Renata Angeli, coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica da UEZO.

 

Panorama das Aceleradoras e Incubadoras do Pais

Durante a reunião também foi apresentado o estudo da Aspen Network of Development Entrepreneurs (Ande) sobre o panorama das aceleradoras e incubadoras no Brasil lançado este ano. O relatório também investigou como as aceleradoras e incubadoras brasileiras trabalham com negócios de impacto e explorou as diferenças e semelhanças com outras organizações similares ao redor do mundo.

“A Ande fez uma pesquisa que mapeou 53 aceleradoras no Brasil e constatamos que elas têm um perfil parecido com o de organizações internacionais. As maiores diferenças estão na duração do apoio, que aqui tende a ser maior, e do tipo de investimento oferecido. Outra observação foi a dificuldade que essas organizações têm no Brasil de ter modelos financeiros autossustentáveis. Elas ainda dependem de várias fontes de financiamento e contam com o setor público em grande parte do seu orçamento, o que neste momento de crise é um fator de risco”, resumiu Rob Parkinson, consultor da Ande no Brasil e responsável pela apresentação.

O estudo ainda traz recomendações para alavancar o ecossistema de empreendedorismo no país com ações que vão desde a diversificação das fontes de financiamento, buscando explorar a possibilidade de parceiras corporativas ou expandindo o recolhimento de taxas cobradas dos negócios acelerados e o volume das cotas de equity, como o aumento no diálogo com investidores de impacto, já que o relatório aponta que pode haver um desalinhamento entre os setores que são de maior interesse para aceleradoras com foco em impacto e aqueles priorizados por investidores de impacto. "Para nós foi muito importante apresentar este estudo para mais atores, e ampliar este debate, para que novos estudos sejam feitos e contribuam para que este ecossistema avance", afirma Parkinson

Veja o estudo completo (em inglês): galidata.org/publications/landscape-study-of-accelerators-and-incubators-in-brazil

 

Confira as apresentações:

Panorama das aceleradoras e incubadoras no Brasil no mundo 

Projeto MAINE - Mapa de Informações Estratégicas do Estado do Rio de Janeiro