Firjan e Sindlat promovem encontro com parlamentares

Medidas para fortalecer a cadeia láctea fluminense foram debatidas em encontro de empresas do setor com deputados estaduais. Antonio Carlos Celles, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio de Janeiro (Sindlat), destacou a recente vitória obtida com a aprovação de emendas à lei do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF), que retirou dessa indústria a obrigatoriedade de recolhimento de 10% dos incentivos fiscais.

 “Conseguimos que a retirada do setor fosse sancionada, e de forma retroativa, fazendo com que o dano causado pelo FEEF fosse solucionado. Agora temos que voltar à agenda original da nossa indústria, que tem diversos desafios a serem superados”, disse.

Segundo ele, a principal meta para os próximos anos é aumentar a produção de forma a ter maior participação no abastecimento interno desses produtos. Atualmente, o setor fluminense de leite produz 500 milhões de litros por ano, enquanto o consumo no estado do Rio é de 2,5 bilhões, segundo aponta o “Diagnóstico da Cadeia Láctea no Estado do Rio de Janeiro”, patrocinado pelo Sindlat e a FIRJAN.

“Contamos com 15 mil produtores de leite e laticínios em todos os municípios do estado do Rio. É um setor que tem produção de valor bruto de produção da ordem de R$ 1,4 bilhão por ano. Parece um valor alto, mas é pouco em relação ao que é consumido internamente. Só abastecemos 25% do consumo. Nossa intenção é reduzir essa dependência em pelo menos 50%”, afirmou o empresário.

Benefício para o pequeno produtor

O secretário de Agricultura do estado do Rio, Jair Bittencourt, ressaltou que o fortalecimento da cadeia de leite é estratégico e está entre as prioridades da pasta para promover a competitividade da agroindústria fluminense.

“Nos últimos anos, muitas novas indústrias se instalaram e ampliaram a produção, mas é necessário fortalecer ainda mais a atividade. Quando lutamos para tirar o setor do FEEF, não se trata de um benefício, mas um incentivo concedido a uma cadeia altamente complexa e dependente de um arranjo para sobreviver. A decisão foi justa não só com o setor produtivo, mas também com o pequeno produtor de leite”, pontuou Bittencourt.

Edson Albertassi (PMBD), líder da bancada governista na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), reforçou que o parlamento deverá estudar formas de fomentar a atividade em todas as regiões fluminenses: “A retirada do FEEF foi importante para compreendermos ainda mais a importância defender este setor. Esperamos aprovar outras medidas necessárias para aumentar a produção e para que o estado passe a ter condições de atrair investimentos, tornando essa indústria um agregador de resultados positivos”.

Para Eduardo Lemos, gerente administrativo do Laticínio Pedra Selada, a aprovação das emendas à lei do FEEF foi uma conquista importante para que a cadeia possa, agora, concentrar esforços em pleitos que proporcionem seu desenvolvimento no estado do Rio. “Com essa restrição de incentivos, muitas indústrias iam fechar, ou haveria uma mudança estratégica de comprar leite fora do estado. O produtor rural era o mais prejudicado. Precisamos atentar que o setor tem alta concorrência, que não é interna, mas de outros estados”, alertou.

Também participaram do encontro os deputados Gustavo Tutuca (PMDB), João Peixoto (PSDC), Nivaldo Mulim (PR), Dr. Gotardo (PSL), Paulo Ramos (PSOL), Milton Rangel (DEM), Rosenverg Reis (PMDB), Wanderson Nogueira (PSOL) e Ana Paula Rechuan (PMDB).

O evento, promovido pelo Sindlat com apoio da FIRJAN, aconteceu em 27 de junho, na sede da Federação.

Fonte: Firjan