Produtores de laticínios do estado têm reivindicações atendidas pela Alerj

Representantes da cadeia produtiva láctea do estado que participaram do evento realizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio, órgão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta (15/03) saíram otimistas do auditório Senador Nelson Carneiro.

Das reivindicações apresentadas pelos produtores, representantes da indústria e das cooperativas, no diagnóstico do setor, pelo menos duas pautas já foram encaminhadas na própria reunião: a concessão de crédito agrícola pelos bancos do Brasil e Caixa Econômica e a exclusão do setor do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF). O deputado estadual e líder do governo na Alerj, Edson Albertassi (PMDB-RJ), anunciou para a plateia e a mesa, formada por outros dez parlamentares, que o projeto de lei para a retirada definitiva da indústria leiteira do FEEF será votado no dia 28 de março. E convidou um pequeno grupo para participar de reunião em seu gabinete, no dia 29 de março, com o superintendente do Banco do Brasil no estado para conhecer a política de créditos agrícolas do banco.

“Alguns projetos sobre a retirada de segmentos do FEEF já foram apresentados. Vamos retirar todos e unificá-los para que os deputados presentes nessa reunião possam assinar como coautores, caso queiram. Essa é uma vitória de todo o Parlamento que se mostra atento às demandas do setor produtivo”, afirmou Abertassi.

Segundo dados do Sindlat, a cadeia láctea tem um faturamento anual de cerca de R$ 2 bilhões ao ano, sendo o segundo setor mais importante da indústria alimentícia do estado. Porém, a produção estadual representa apenas 22% dos produtos lácteos consumidos, o que significa uma oportunidade para o crescimento do setor que conta ainda com uma capacidade industrial ociosa. “Saímos daqui nos sentindo amparados pelo Parlamento. Algumas empresas estavam em insolvência com o FEEF. Essa união da Alerj com o setor vai nos permitir desenvolver e fomentar a cadeia láctea no estado”, comemorou Antônio Carlos Cordeiro, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio de Janeiro (SINDLAT-RJ).

Para o deputado João Peixoto (PSDC) que preside a comissão de agricultura da Casa é preciso defender o produtor de leite fluminense. “A produção do rural dá pouco lucro e não conta com linhas de financiamento. Temos de lutar para que seja estabelecido um preço mínimo para o leite. Isso é necessário para que o pequeno e médio produtor, que são a maioria, não tenha medo de investir e possa contrair empréstimos”, frisou.

O impacto do FEEF não foi apenas sobre o setor leiteiro. Os deputados Luiz Martins (PDT) e Rosenverg Reis (PMDB) contaram terem sido procurados também pelo setor de hortifrutigranjeiros para corrigir as distorções ocorridas com a inclusão do segmento no fundo.

O deputado Wanderson Nogueira (PSol) afirmou não ter sido alertado pelo setor de lácteos sobre a necessidade de exclusão da atividade no FEEF. "Fiz emendas para retirar as cervejas artesanais, por exemplo, mas não sabia da situação da cadeia de leite”, explicou Wanderson, que solicitou a inclusão do projeto de lei 2001/2016, que cria o Programa de Qualidade na Produção, Transporte e Comercialização de Leite no Estado do Rio de Janeiro na pauta da votação do dia 28 de março.

A deputada Martha Rocha (PSDB) colocou o seu mandato à disposição dos representantes da cadeia láctea. “Não tinha muito conhecimento sobre a produção leiteira do estado, mas tive uma aula hoje. Em relação à segurança pública, teremos uma audiência pública marcada sobre o roubo de cargas e é importante que o setor participe e traga as informações sobre o impacto para essa atividade”, disse.

Os deputados Ana Paula Rechuan (PMDB), Jorge Felippe Neto (PMDB) e Zé Luiz Anchite (PP) elogiaram a iniciativa do encontro e também afirmaram ser sensíveis às causas do setor lácteo. “É muito difícil gerar empregos no interior. Precisamos estar unidos na retomada do crescimento do estado”, opinou Anchite. Segundo o deputado Carlos Osório não será com o aumento de impostos que o Rio sairá da crise. “O leite é uma força do interior e não podemos colocar isso em risco por falta de sensibilidade”, afirmou.

Já o deputado Paulo Ramos declarou que a reivindicação do setor é pequena diante da importância da cadeia láctea do estado. “Saímos daqui com o compromisso de resolver essa situação óbvia, mas que não foi dada a devida relevância”, encerrou.

 

Fique de Olho:

 

28/03:

Votação do projeto de lei que exclui a cadeia produtiva láctea e outros segmentos do estado do FEEF

29/03:

 

11h – Reunião com o superintendente do Banco do Brasil no estado para conhecer a política de créditos agrícolas do banco.

 

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Confira:

Matéria do evento no Diário Oficial: Produtores de laticínios tem reivindicações atendidas

Matéria da Tv Alerj: Produtores de laticínios do estado tem reivindicações atendidas pela Alerj

Apresentações: 

Diagnóstico da Cadeia Láctea do Estado do Rio de Janeiro 

Documento final do Diagnóstico 

Sumário Executivo