Ao criar, em 2015, o Banco Público de Áreas Privadas (Banpar), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tornou possível o encontro entre a demanda e a oferta de áreas para restauração florestal: as empresas que necessitam cumprir a restauração florestal e proprietários ou gestores de terras públicas aptas para plantio realizam o cadastro no banco e divulgam suas demandas. Atualmente, a quantidade de áreas disponíveis para o reflorestamento no Estado do Rio superou as expectativas iniciais. Ao longo deste primeiro ano, 7,7 mil hectares foram disponibilizados para o restauro, em mais de 60 áreas espalhadas pelo estado.
Cadastrados em várias cidades
As áreas cadastradas ficam visíveis em um mapa online. Hoje, metade delas está em unidades de conservação, parques e reservas do estado. Outras são disponibilizadas por donos de pequenas propriedades rurais que não vivem da terra. Até agora, todos os empreendedores solicitantes foram atendidos: houve 41 solicitações, que somam uma área de 300 hectares. Macaé, Petrópolis, Teresópolis e Paracambi já tiveram áreas reflorestadas graças ao programa.
“É um sistema barato, simples, desburocratizado e público. Todo mundo tem acesso: quem oferece e quem busca. Isso não existe em outros estados. Somos pioneiros”, contou o engenheiro florestal Ciro Moura, assessor da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea e um dos idealizadores do Banpar.
O Banco Público de Áreas Privadas se tornou uma oportunidade para empreendedores que, para compensar impactos ambientais, precisam efetuar o reflorestamento. O banco também pode ser um instrumento para instituições que queiram fazer replantio como uma ação de responsabilidade social.
No site http://www.restauracaoflorestalrj.org/banpar estão disponíveis todas as informações, formulários de cadastro e o mapa com as áreas disponíveis para o replantio.
Texto de Bete Nogueira
Fonte: Diário Oficial