Plataforma Juventude Segura será replicada em sete estados

O tom do encerramento do ciclo de encontros que construíram a Plataforma Juventude Segura foi de um até mais. Isso porque já há um convite feito pela Secretaria Nacional de Juventude para replicar a metodologia em outros sete estados do País para engajar jovens e estimular que eles debatam politicas públicas voltadas à redução da violência e da letalidade.  O encontro aconteceu nesta terça-feira (06/09), no Museu do Amanhã, e contou com a mediação da subdiretora geral do Fórum de Desenvolvimento  Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, Geiza Rocha, a participação dos secretários estaduais de Segurança, Jose Mariano Beltrame, e de Esporte, Lazer e Juventude, Marco Antônio Cabral, além do representante da Secretaria Estadual de Cultura (SEC), Alexandre Pimentel.

 

 Conhecimento, informação e uma comunicação eficiente são as ferramentas para transformar a realidade das favelas cariocas. Essa foi a conclusão contida na carta lida por Ingrid Iss, de 23 anos, em nome da juventude. Nela, foi destacada a importância de uma comunicação mais eficiente com a comunidade, pois a falta de conhecimento e informação "cria um muro entre o morro e o asfalto". Ao todo dos 40 jovens contribuíram para a construção colaborativa da Plataforma Juventude Segura, e apresentaram às autoridades, secretarias e instituições presentes, sua visão de mundo e o comprometimento com a continuidade.

 “A missão de cada um de nós que esteve presente ao longo dos encontros é multiplicar, não deixar que todo o conhecimento morra em nossas mentes. Vamos resgatar a cidadania de nossos territórios e mostrar que é nós por nós e que quando a favela se une o resultado é a potência”, trecho da carta.

 Ao todo, foram sete rodas temáticas, em que os foram levantas ações propositivas para a juventude nos seguintes temas: Políticas Intersetoriais de Esporte, Cultura e Educação, letalidade violenta, Política de Drogas, Sistema Judicial, Juventude e Armas e Abordagem Policial.

  “É absolutamente necessário que a Juventude conheça o que é a Secretaria de Segurança, o que são as instituições policiais para poder desmistificar muita coisa. Pretendo institucionalizar esse fruto de trabalho e dar continuidade a isso para que o jovem que passou por essa rodada possa multiplicar aos demais”, disse Beltrame.

 "Esse é um novo ciclo de diálogo e entendimento entre as comunidades e poder público. Sabemos da histórica divisão entre a favela e o poder público. Estamos aqui quebrando isso”, disse Cabral.

 Os jovens também realizaram uma visita guiada pelo curador do museu, Luiz Alberto Oliveira, e assistiram esquetes feitos pela Companhia de Teatro - Projeto Culturarte  do Instituto Mazan.