Fórum discute papel da legislação e das compras públicas na alavancagem dos negócios de impacto social

Trabalhar a ação (o que já ocorre na prática) e a ideia (com quem se interessa pela área, e quer conhecer como entrar neste setor) em uma jornada de um dia de eventos paralelos na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio). Esse foi o objetivo do Seminário Negócios de Impacto Social, promovido pelo Sebrae nesta quinta-feira (1/09). Na ocasião, foi lançado o relatório consolidado da Pesquisa do Ecossistema de Negócios de Impacto Social do Rio de Janeiro, realizada entre março e junho de 2016 junto a dez instituições de apoio à negócios sociais, entre elas o Fórum de Desenvolvimento do Rio, órgão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa levantou as necessidades apontadas pelos empreendedores para desenvolver esse ecossistema e esses empreendimentos, que têm a missão de gerar impacto socioambiental ao mesmo tempo em que produzem resultado financeiro positivo de forma sustentável.  

Para a subsecretária-geral do Fórum de Desenvolvimento do Rio, Geiza Rocha, que participou da mesa “Como o governo pode alavancar negócios de impacto: o papel da legislação e das compras públicas”, o trabalho foi fundamental para conhecer o perfil dos negócios no estado, mais voltados à questão social, relacionada no estudo à proximidade geográfica da base da pirâmide com empreendedores de outras classes sociais. 

No debate, mediado pela gerente de parceria e desenvolvimento para o setor privado, Luciana Aguiar, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Geiza explicou qual tem sido o papel do Fórum no desenvolvimento de um ecossistema de negócios de impacto social no estado do Rio de Janeiro. "Nós oferecemos a expertise de mobilização do Fórum para construir uma plataforma de interação dos atores e do setor público, e, no desenvolvimento desse projeto, estamos também mapeando as características e peculiaridades dos negócios de impacto social aqui no estado do Rio. Outra ação importante é a promover em encontros presenciais, o exercício de pensar em políticas públicas para estruturar, desenvolver e fomentar o setor", afirma.

 Para a gestora pública de Três Rios, Carla Monnerat, a "Educação é um negócio de impacto social, pois é na escola pública que nasce uma cabeça empreendedora". Ela enumerou as ações nos últimos anos que aproximaram micro e pequenas empresas do setor público e de que forma o município utiliza a compra governamental como instrumento de desenvolvimento local.  

Segundo uma das organizadoras do encontro, Carla Panisset, do Sebrae-RJ, "os negócios de impacto social estão intimamente ligados às políticas públicas porque querem na mesma medida que o lucro, o impacto socioambiental positivo na nossa sociedade. Ter a presença do Fórum representando o Legislativo é importante pelo aspecto de vislumbrar a possibilidade de pensar em quais leis poderiam fomentar esse tipo de negócio.”

 

Pesquisa do Ecossistema de Negócios de Impacto Social do Rio de Janeiro

O objetivo do trabalho foi fazer um mapeamento das instituições que atuam junto ao ecossistema de negócios sociais, visando entender em maior profundidade suas percepções quanto ao desenvolvimento dos negócios de impacto no Rio de Janeiro, o entendimento do conceito e os gargalos atuais e as soluções propostas. No Rio de Janeiro, o ecossistema de instituições de apoio é heterogêneo, unindo potenciais empreendedores, investidores e instituições financeiras, programas de capacitação, universidades, centros de pesquisa, institutos empresariais e governos.

 

Pesquisa do Ecossistema de Negócios de Impacto Social do Rio de Janeiro

 

 

 

O relatório traz também um guia com todos os serviços de apoio oferecidos pelas instituições participantes da pesquisa aos empreendedores e potenciais empreendedores de negócios de impacto social.

Acesse todo o conteúdo da pesquisa aqui: http://bit.ly/2bFdtae

Acesso ao Guia de Bolso Instituições de Apoio a Negócios de Impacto Social do Rio de Janeiro aqui: https://goo.gl/PyOkRj