As Olimpíadas e Paralimpíadas colocam o Rio de Janeiro no centro do mundo. Todas as atenções estão voltadas para a cidade-sede do maior evento esportivo do planeta, que reúne cerca de 10.500 atletas, de 205 países, disputando 42 modalidades. E o Rio em Foco não poderia ficar fora dessa. Gravado durante o Segundo Simpósio Internacional Pierre de Coubertin, o primeiro programa de uma série de dois sobre o tema, debate os valores olímpicos tratando de assuntos como doping, igualdade de gêneros, educação e tecnologia, além do tão falado legado.
“Isolar o esporte para vê-lo apenas como uma competição, um espetáculo, é um grande equívoco. Ele precisa estar dentro de um contexto, dar sentido à cidadania, com os novos valores como educação, uma nova cultura. Acredito que esse seja o principal legado, com uma dimensão política, mas também uma dimensão prática, educacional e cultural muito importantes”, afirmou Lamartine da Costa, pesquisador do Comitê Olímpico Internacional (COI) e professor da pós-graduação em ciência do esporte da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e também autor do Atlas do esporte brasileiro.
Lamartine também destaca o que ele chama de quebra de protocolo, quando o COI apresentou ao mundo um vídeo sobre uma escola do Quênia na cerimônia de abertura da Olimpíada Rio 2016. “Aquela escola é um exemplo de igualdade econômica e social. Existe um movimento de se colocar os valores olímpicos à frente de tudo. Dentre eles, eu destaco a honestidade, o chamado “fair play”, que se manteve intocável desde a sua criação pelo Pierre de Coubertin até surgimento de outros novos como a igualdade de gêneros. São os valores que movimentam toda a engrenagem por trás dos Jogos”, afirma Lamartine.