Fórum Articula Maré faz balanço e define os próximos passos

O Fórum Articula Maré, criado para articular ações entre a sociedade civil, autoridades e organizações não-governamentais que atuam no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, se reuniu nesta quinta-feira (07/07), no Complexo no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), para fazer um balanço das atividades realizadas pelo grupo desde a sua criação, ocorrida a partir da saída da Força de Pacificação da Maré, em março de 2015.

O encontro foi aberto pela superintendente de Prevenção da Secretaria de Estado de Segurança e uma das coordenadoras do Articula Maré, Leriana Figueiredo, que justificou a ausência do secretário de Segurança José Mariano Beltrame. Na sequência revisitou os temas e ações efetivas realizadas nos 12 encontros do Fórum. Segundo Leriana, foram cerca de 488 participantes entre líderes comunitários, gestores públicos, representantes de ONGs e do setor privado. “Aqui, no Articula Maré tratamos de acesso a diretos, promoção social e oportunidades e contamos com a participação de entidades como Faetec, Instituto Pereira Passos (IPP), Secretaria de Cultura, Tribunal de Justiça, AgeRio, Senac, CVM, Escola de Talentos e SindRio”, enumerou a coordenadora.

Veja a apresentação completa  

O coordenador do Rio+Social, Pedro Veiga, falou sobre o "Mapa Rápido Participativo", que será iniciado em agosto deste ano na Maré pelo Instituto Pereira Passos. Segundo Veiga, a atividade tem como objetivo fazer um diagnóstico urbano da comunidade indo a fundo, por exemplo, em questões como distribuição de água. “Esse mapeamento já foi realizado em 26 favelas cariocas e a nossa meta é investigar, pelo menos, 65% do Complexo da Maré este ano”, afirmou Pedro, que também explicou que apesar de a Maré ser integrada por várias comunidades ela é considerada pela pesquisa uma unidade.

Durante a reunião, os participantes perguntaram sobre o planejamento da Segurança durante os Jogos Olímpicos, e trouxeram demandas relativas à processos de regularização fundiária. Segundo o relato da integrante da Redes da Maré, Lidiane Malanquini, os confrontos têm sido constantes o que fez a comunidade entrar com uma ação na Justiça contra as buscas domiciliares noturnas e pelo direito de ir e vir, no último dia 30.

 A subdiretora-geral do Fórum de Desenvolvimento do Rio, Geiza Rocha, informou que as reuniões serão retomadas em setembro, após as Olimpíadas, com a apresentação do " Mapa Rápido Participativo" do IPP. E reforçou a importância de o grupo continuar ativo no Whatsapp.“Só o fato de a gente poder se reunir uma vez por mês já faz uma diferença incrível para que os projetos governamentais e da sociedade civil caminhem com maior articulação e força”, afirmou.

Acesse a apresentação realizada durante a reunião - link