Estudos e ferramentas buscam impulsionar o empreendedorismo socioambiental

Ainda estão abertas as inscrições para que empreendedores que possuem negócios que impactem positivamente a sociedade se inscreverem no projeto Sebrae-Benfeitoria. A previsão do Sebrae é atender até 12 empreendedores em 2016 que além do dinheiro captado via crowdfunding pela plataforma contarão com consultoria para a estruturação de seu negócio. Para se inscrever basta acessar o link https://www.benfeitoria.com/canal/sebraerj Essa é uma das ações que o Sebrae-RJ apresentou nessa quarta-feira (24/02) na terceira reunião do Grupo de Trabalho Negócios Sociais, criado ano passado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio para mapear demandas e construir projetos de políticas públicas que impulsionem e fortaleçam iniciativas que geram impacto social no estado.

 Procurada por mais de 18 mil pessoas no ano passado, o Sebrae-RJ constatou a necessidade de criar uma metodologia para tratar da modelagem de negócio até a mensuração do impacto com indicadores básicos de gestão. “Esse ano vamos continuar com quem empreende e dar suporte a quem apóia. A ideia é construir uma agenda estruturada com resultados em ecossistemas, baseada no que as entidades de apoio querem propor aos empreendedores sociais”, explica Carla Teixeira, coordenadora de Desenvolvimento do Empreendedorismo em Comunidades Pacificadas do Sebrae-RJ.

Acesse a apresentação aqui. 

Segundo Carla Teixeira, os empreendedores sociais fluminenses são, em sua maioria, jovens tentando conciliar a inserção no mercado com compromisso socioambiental: "Nosso desafio é identificar quem pretende fazer da venda de um produto ou serviço seu negócio de impacto social", explicou. Entre as ações implantadas pela instituição estão a qualificação da gestão, ampliação do mercado, acesso a linhas de crédito e a mensuração do impacto socioambiental. "O foco do Sebrae é aproximar os atores sociais e o capital. Levamos ao empreendedor informações sobre os fundos existentes, fazendo a conexão entre ele e um investidor. Por meio das nossas redes, promovemos encontros e rodadas de articulação", afirmou. No Estado do Rio, o Sebrae apóia cinco mil negócios formais em favelas e mais de 2.500 informais, incluindo setores como Comunicação, Educação, Saúde e Ecologia.

"O Sebrae está desde o início na construção dessa rede conosco. Nosso objetivo é fortalecer ainda mais o ecossistema, e essa apresentação de hoje foi fundamental para fazermos com que essas agendas de trabalho se casem", explicou a subdiretora-geral do Fórum de Desenvolvimento do Rio, Geiza Rocha.

Durante o encontro foram apresentadas ainda as ferramentas escolhidas pelo grupo para compartilhar informações e reunir estudos, pesquisas e matérias de interesse do grupo. Na próxima reunião, marcada para o dia 31 de março será apresentada a versão final da pesquisa que o grupo fará para mapear os atores e as demandas do setor. "Esse ponto é primordial para começarmos a construir uma escuta ativa, que considere todos os que atuam nesse ecossistema", afirma Geiza. O grupo convidará ainda representantes da Fundação Dom Cabral e da NeSsT para apresentarem sua agenda de trabalho.   

Participaram da reunião representantes da PUC-Rio, FGV, Incubadora Nacional (INNASA), Incubadora de Empresas de Design UERJ, CIEDS, Emude, Faz Sentido, Enactus CEFET/RJ, BBservice, Projeto Ruas, NEXO, O´Kasa e Mão Santa.