Cebds lança na Alerj cartilha sobre agricultura sustentável

Foi lançada, nesta terça-feira (07/04), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), durante evento realizado pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, a cartilha “Financiamento para Pequenos e Médios Produtores Rurais”.

Foi lançada, nesta terça-feira (07/04), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), durante evento realizado pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, a cartilha “Financiamento para Pequenos e Médios Produtores Rurais”. Desenvolvida pelo Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a publicação apresenta opções de linhas de financiamentos e de suporte técnico a produtores que normalmente sofrem com carência de recursos, e ajuda a difundir programas focados em agricultura sustentável e de baixo carbono. O encontro contou com a participação do presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira, da Alerj, deputado João Peixoto (PSDC).

Segundo o assessor técnico do CEBDS, André Ramalho, o objetivo da cartilha é fortalecer o desenvolvimento sustentável do setor agrário. “O que estamos buscando é capacitar o produtor e levar para ele novas linhas de financiamento, que permitam que ele consiga melhorar a vida, aumentando a sua produtividade, sua renda e, consequentemente, sua atitude sustentável”, explica Ramalho. De acordo com ele, a sustentabilidade não passa somente por uma questão ambiental, ela tem um peso social também. “A gente sabe que pessoas que estão com a produtividade em dia, conseguindo se manter, conseguem ao mesmo tempo ter uma atenção e um investimento maiores na questão ambiental”, disse. 

Atualmente, 70% dos alimentos que estão na mesa dos brasileiros são produzidos por pequenos e médios produtores, que também detêm 77% da mão de obra do campo e que possuem o maior número de propriedades rurais - 90% das propriedades rurais do país têm menos de 100 hectares. “Esses produtores geralmente são trabalhadores rurais que produzem diversas culturas com pouca tecnologia e mão de obra predominantemente familiar e que, embora correspondam a 84,4% dos estabelecimentos rurais no Brasil, ocupam apenas 24,3% da área rural, e respondem por 40% do Valor Bruto da Produção (VBP)”, afirma Ramalho.

Gargalos

Para o coordenador de Agronegócios da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seapec), Clovis Romário Souza, é fundamental fazer com que a informação contida na cartilha chegue aos pequenos e médios produtores rurais. “Um dos maiores gargalos que temos para o desenvolvimento da pecuária nacional e, em particular, do Rio de Janeiro, é a desinformação do produtor rural. As informações dificilmente chegam ao produtor, então, qualquer esforço que façamos para divulgar as linhas de crédito e mostrar os acessos a qualquer benefício para o trabalhador rural é relevante”, afirma Clovis.

Já para o presidente da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado (Faerj), Rodolfo Tavares, a Alerj pode contribuir muito, aprimorando a legislação ambiental. “A lei 5.100/07, cuja regulamentação não contemplou a possibilidade de remunerar produtores rurais pelo serviço prestado de proteção e preservação ambiental deveria ser alterada. Essa seria uma grande contribuição da Casa, embora a regulamentação dependa do governador, Luiz Fernando Pezão”, defendeu Tavares. O deputado João Peixoto apontou o incentivo à irrigação como uma das saídas para amenizar a crise na agropecuária estadual. “Acredito que apostar na irrigação seria uma das saídas, mas, para isso, é preciso que o governo baixe os preços do diesel e da energia elétrica”, diz o parlamentar.  

A subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha, acredita que a publicação trouxe mais conhecimento para o produtor rural e mobilizou as entidades que discutem o agronegócio. “Levando em consideração o momento de crise do país, tivemos oportunidade para reconhecer o potencial que a agricultura tem para alavancar a economia do nosso Estado”, diz Geiza. 

(Texto de Vanessa Schumacker)

 

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