Produção local de fitoterápicos será tema de seminário

O Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado realizará um seminário para divulgar a cadeia produtiva de fitoterápicos no Rio de Janeiro. A iniciativa foi anunciada nesta segunda, durante reunião das Câmaras Setoriais de Desenvolvimento Sustentável e de Agronegócios.

O Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado realizará um seminário para divulgar a cadeia produtiva de fitoterápicos no Rio de Janeiro. A iniciativa foi anunciada nesta segunda-feira (16/06), durante reunião conjunta das Câmaras Setoriais de Desenvolvimento Sustentável e de Agronegócios. “Vamos reunir as ações apresentadas hoje e identificar outras, junto com as secretarias municipais de Saúde e de Agricultura. A intenção é trabalhar na construção de uma política estadual que auxilie na pesquisa e produção dessas substâncias”, contou a subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha.

O trabalho desenvolvido pela Rede Fito – que desenvolve projetos e estimula a produção de fitomedicamentos no Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde Farmanguinhos/Fiocruz (NGBS) – foi apresentado por sua gestora, Patrícia Teixeira, que reforçou a necessidade de uma política estadual. Em sua apresentação, ela defendeu o apoio do poder público no desenvolvimento do setor, que, segundo sugeriu, pode se dar através da oferta de cursos de capacitação para agricultores.  “Se o poder público está junto nesse processo, fica mais fácil viabilizar o processo e atrair outros parceiros, como o Sebrae e a Fiocruz”, argumenta.

Acesse aqui a Apresentação da gestora Patrícia Teixeira sobre a Redefito Amazônia

Patrícia também destacou o valor social do investimento nesta produção.  “Imagina o usuário do Sistema Único de Saúde pegar na farmácia pública uma pomada de calêndula e saber que ela foi produzida por um agricultor familiar. Isso é uma inovação social”, aponta.

Para a coordenadora do Programa Estadual de Plantas Medicinais do Estado do Rio (Proplam), Andrea Gomes, a integração entre o conhecimento da comunidade acadêmica e a cultura popular deve ser pensada. “Temos a 6º maior população indígena do país, não podemos desperdiçar esse saber, que é passado de gerações. Ações integradas devem ser pensadas”, afirma.

A reunião do Grupo de Trabalho que irá definir a programação do evento ficou marcada para o dia 4 de Julho.

(Texto Lucas Lima)