Regulação, mão de obra e empreendedorismo são os focos de ação que fortalecem o cluster de biotecnologia do estado do Rio

Para fortalecer a produção e a inovação na área de biomedicamentos e biofármacos, o Geciv-RJ vem realizando ações na área de formação de pessoal, com foco em empreendedorismo, a articulação com os órgãos licenciadores, como Anvisa, e o estímulo às startups no setor.

Para fortalecer a produção e a inovação na área de biomedicamentos e biofármacos, o Grupo Executivo do Complexo Industrial das Ciências da Vida do Estado do Rio de Janeiro (Geciv-RJ) vem realizando ações na área de formação de pessoal, com foco em empreendedorismo, a articulação com os órgãos licenciadores, como Anvisa, e o estímulo às startups no setor. "Temos focado em parcerias para desenvolvimento produtivo, com vistas a internalizar a produção de biotecnológicos, uma vez que estes medicamentos, considerados prioritários pelo governo federal, tem um mercado garantido, e representam R$ 3,5 bilhões em compras do SUS", explicou o subsecretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Augusto Raupp.

Na apresentação realizada nesta terça-feira (08/04) na Câmara de Tecnologia do Fórum de Desenvolvimento do Rio, Raupp destacou o papel de articulação que o grupo vem desempenhando, e anunciou a um edital de R$ 10 milhões para investir em dez startups na área de biotecnologia. "O objetivo é estimular o adensamento da cadeia produtiva e fortalecer o cluster de biotecnologia do estado. Hoje o Rio é o terceiro no País em número de empresas de biotecnologia. Temos três grupos de trabalho dentro do Geciv que se reúnem de 15 em 15 dias para desenvolver e implantar ações que vão desde o estímulo a estas startups, através do edital Startup BIO da Faperj, até o MBA em empreendedorismo na área de biotecnologia, que está sendo desenvolvido pelo Centro de Gestão Integrada do Conhecimento. Nós mapeamos a empregabilidade dos recursos humanos formados nas nossas universidades e estamos buscando direcioná-los para estas oportunidades", explica o subsecretário.

De acordo com Raupp, o governo federal está estimulando a produção interna desses biomedicamentos e o estado precisa estar preparado para estas oportunidades."Estamos em parceria com a Agerio criando uma carteira de incentivos fiscais e financeiros, além dos editais da Faperj e do investimento na formação. Além disso, atraimos Bionovis, que hoje está buscando um local para se instalar no estado", ressaltou. 

Outra conquista enumerada por Raupp foi a criação, aprovada pela Anvisa, de Núcleo de Referência de Inteligência em Regulação (NRIR) que é pioneira no País, e tem como foco acabar com os despachantes, acelerar os registros de biomedicamentos e otimizar os processos, além de facilitar pesquisas. "Temos R$ 23 milhões aprovados para colocar este núcleo em funcionamento", detalha Raupp. 

De acordo com a subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha, esta reunião foi o primeiro passo para ampliar a articulação deste grupo com o Poder Legislativo. "Hoje, percebemos que com a ação do Geciv, o estado tem avançado muito na criação do cluster de biotecnologia, mas é preciso institucionalizar as ações do grupo, e para isso o papel do Legislativo é fundamental", concluiu Geiza.

Estiveram presentes na reunião o Carlos Gomes e Otakar Svacina, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro; o representante da ABE, Júlio Mafra;  André Luiz Costa, da AGE-RIO; Fabiano Galindo, da Firjan; Aurélio Graça Souza, da UFRJ; e Marisa Oliveira e Souza, da Codin.