Consumidor quer que governo compre de forma sustentável

O consumidor quer ser consultado sobre os critérios de compra do governo, e acredita que ele deveria adotar práticas de compras favoráveis a empresas sustentáveis e com responsabilidade social, assim como obrigá-las a fornecer informações sobre os impactos provocados pelas operações.

O consumidor quer ser consultado sobre os critérios de compra do governo, e acredita que ele deveria adotar práticas de compras favoráveis a empresas sustentáveis e com responsabilidade social, assim como obrigá-las a fornecer informações sobre os impactos ambientais e sociais provocados por suas operações. Estas são algumas das conclusões da pesquisa "Rumo a uma sociedade do bem-estar percepção do consumidor brasileiro", realizada pelo Instituto Akatu em 2012, e apresentada durante a reunião da Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (13/03). 

De acordo com o executivo de articulação pelo consumo consciente do Instituto, Claudio Tieghi, quando consultados sobre que critérios devem ser utilizados pelos governos em suas compras os consumidores tendem a apontar critérios semelhantes aos que utilizam em suas compras pessoais. "Apareceram nesta pesquisa duas reclamações que em 2013 ficaram evidenciadas em manifestações: uma sobre a mobilidade urbana, e a outra sobre os maus tratos aos animais. Para os pesquisados, o governo não deveria consumir produtos testados em animais", afirmou. 

A apresentação de Tieghi, incluia, além desses dados a explicação sobre o trabalho da organização junto ao setor empresarial, governo e a população em geral. Segundo Tieghi, a principal missão do instituto é contribuir para a transição para um estilo de vida mais sustentável. "A vinda do instituto Akatu nessa reunião do Fórum da Alerj foi muito importante, pois pudemos alinhar nossas diretrizes com diversos agentes dos setores público e privado. Nossa apresentação com certeza plantou uma semente que vai gerar boas iniciativas para o estado do Rio", argumentou.

A secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, destacou um dado apresentado: o que demonstra que, para o cidadão, o governo é o maior responsável pela garantia da sustentabilidade. "O governo como grande comprador deve fomentar a sustentabilidade e a visão trazida pelo instituto Akatu foi importante para desenvolver esses conceitos" definiu.

Durante a reunião, que contou com a presença do coordenador da Rede Empresarial de Análise de Ciclo de Vida dos Produtos, Luis Ortega, do presidente do Instituto Brasil Pnuma, Haroldo Mattos de Lemos, da representante do Sebrae, Dolores Lustosa, e de representantes da Gesrio (Fórum de Órgãos Públicos Federais do Estado do Rio de Janeiro) dentre outros, foram debatidas formas de incluir no projeto "Diálogos de Transição", que está sendo desenvolvido pelo Akatu em parceria com o Cebds, um capítulo Governo, abordando questões específicas relativas às compras governamentais. "Vamos conhecer melhor este projeto e começar a trabalhar nos próximos encontros a definição de um ou dois temas fundamentais. O importante é que um passo importante foi dado aqui. O de aproximarmos as instituições e promovermos a troca de ideias", comemorou a secretaria-geral do Fórum, Geiza Rocha.